segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lenda chinesa

O HOMEM DE MEIA-IDADE(LENDA CHINESA)
Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar a mais jovem, esta lhe disse:
- Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua esposa mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repetisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se-lhe inteiramente calva. A essa altura, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O que fazer quando uma criança mente na escola?

Por Içami Tiba
Crianças mentem na escola? Enquanto não sabem o significado da mentira, podem "inventar verdades". Quanto menos amadurecidas forem, mais podem misturar fantasias com realidade, ou seja, contar algo como se fosse verdadeiro, mesmo que seja imaginado por elas.

Adultos usam essa confusão para conseguir que crianças pequeninas façam o que eles querem, mesmo que elas não queiram fazer. É o caso do Papai Noel. Se ela não for boazinha, não for dormir cedo, ou não obedecer aos adultos, pode receber uma ameaça mentirosa: "Papai Noel não vai lhe trazer presentes no Natal!"

Os adultos estão falseando a verdade de que Papai Noel não existe: eles tiram vantagens da ignorância das crianças para conseguirem obediência. Os adultos abusam da credulidade delas, que nem questionam a existência ou não do Papai Noel; o que querem é ganhar presentes.

Ninguém fala a um adolescente que, se ele for bonzinho, Papai Noel vai lhe colocar um presente na meia pendurada na lareira na noite que precede o Natal. Ele sabe o que é mentir e tira vantagens de quem acredita em suas mentiras. Seu cérebro está maduro o suficiente para não confundir o que pensou com o que de fato fez.

Algumas crianças não gostam de dizer que não sabem. Faz parte de suas vontades ser grande e ter todas as respostas. Não tem como dizer que são grandes, mas podem inventar respostas. Um reforço para estes desejos infantis, que não são tão infantis assim, são os agrados que recebem por saberem tanto, ou quando um adulto lhes diz o quanto elas cresceram... Aliás, isso continua assim em muitos adultos.

Não vale a pena brigar com as crianças, mas sim ensiná-las a falarem a verdade e não o que imaginaram. Não se poderia falar em mentira nesta idade. Nem afirmar que elas mentiram. Um professor cuidadoso deveria perguntar se o que o aluninho falou é imaginado ou acontecido de verdade. E ensinar o quanto é bom para todos saberem separar a imaginação da realidade.

Os professores podem usar um exemplo: Posso imaginar que estou voando como um passarinho, mas isso não é realidade. Na verdade, não posso voar, mas posso imaginar. Se eu acreditar que eu consigo voar, posso pular da janela e cair no chão e me machucar muito...

Se elas falam o que imaginaram como se fosse verdade e os adultos fingem que acreditam, esta reação pode reforçar a imaginação e chegar facilmente à mentira. A mentira geralmente tem um caráter defensivo, um receio de que a verdade possa lhe trazer uma rejeição ou uma agressão no lugar de agrado.

Quando um aluno mente, ele esquece que mentiu. Depois de um bom tempo, no dia seguinte, por exemplo, pode-se repetir a pergunta de uma maneira diferente, em tom normal, demonstrando querer saber mais do que desconfiando dele. Se for imaginação, o aluno geralmente esquece o que respondeu.

Um professor não pode afirmar que seu aluno mentiu sob o risco de ser atacado pelos pais. Pais não admitem que seus filhos mentem e muitos deles dizem textualmente: "Meu filho não mente!" Nem sempre eles acreditam nesta afirmação, mas querem defender o filho a qualquer custo.

Estes são os pais que serão vítimas do próprio filho, que passará a mentir para eles também. A mentira é um dos precursores das transgressões às normas de boa convivência para qualquer idade em qualquer ambiente.

Quando um professor percebe que um aluno está mentindo, o melhor a fazer é conversar com os pais da criança. Facilite o contato, seja por e-mail ou por telefone. Não precisa ser presencial. Os pais ficam geralmente apavorados quando chamados pela escola e chegam atacando para defender o filho.

http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/ult6425u17.jhtm - acessado:14/04/09.

Como os avós podem ajudar na educação dos filhos

Por Içami Tiba

A longevidade está aumentando. Os casais estão sendo pais mais jovens. Os filhos, cada vez em menor número, mas continuam chegando. E chegam quando os pais estão ainda crescendo na vida profissional.

Faz décadas que não é mais só pai que trabalha. A mãe também trabalha fora, e muito. Às vezes até mais que o próprio marido. Os avós que se aposentam ainda estão na "melhor idade", isto é, tem muita energia e alegria de viver, portanto não mais como as suas mães que ainda tricotavam enquanto os avós cochilavam na poltrona da sala...

Hoje as avós são "saradas", isto é, fisicamente em forma, exibindo com categoria sua juventude, salvo raras exceções. Os avôs também estão mais conservados que os de antigamente, porém um pouco mais reservados que as avós quando se referem aos próprios cuidados estéticos.

As crianças começam a ir para escolinha com dois anos de idade. Mas boa parte delas frequenta creches a partir de 4-5 meses de idade. Creches são estabelecimentos de assistência, mas os pais falam que seu filho está na "escolinha". Pode até ser uma escolinha de vida por ver outros nenês, por sair de casa etc.

Temos então uma geração de criancinhas necessitadas, (mal comparadas com a fome das criancinhas, pois de fome mesmo elas não têm nadinha e bem comparadas com carência de afeto físico), e uma geração de pessoas com algumas disponibilidades (outras com total disposição e disponibilidade), com bastante experiência de vida e melhor ainda, da mais alta confiança. Nunca ouvi falar de vovós que sequestram netos. Mas se assim fazem, até pagam para devolver algumas criancinhas, cujos pais também pagariam dobrado para ficarem com elas para poderem pelo menos dormir uma noite tranquila, umazinha só...

Os pais sentem de culpa por não ficar tanto tempo com os filhos como gostariam. Acham que estão falhando na educação deles. Mas não se permitem a tirarem um tempo para o casal, pois a culpa aí passa a ser dolosa. Eles, os dois, trabalham não só porque querem fazer carreira, mas também porque precisam de dinheiro. E como filhos pequenos gastam, às vezes, até mais que filhos maiores...

Outro grande receio é que os avós podem atrapalhar a educação dos seus preciosos filhos. Assisto crianças mal educadas com e sem avós. A má educação é resultado muito maior da falta de conhecimentos dos pais em educação do que avós estragando o que eles construíram.

Aliás, as crianças sabem diferenciar quem de fato "manda nelas". Basta os avós fazerem ou pedirem algo que os filhos não querem fazer que eles prontamente reagem: "Você não é meu pai(ou mãe) para falar assim comigo! (ou mandar em mim!).

Os pais teriam que colocar como prioridade a educação no lugar da convivência com os filhos. O conviver é funcionar como não-pai e não-mãe, reforçado por frases de efeito tipo: "os pais são os melhores amigos dos filhos". Fico com pena destes filhos, pois então eles não têm pais. Pais são os que respondem pelo futuro deles e não simplesmente se divertem juntos.

Como não existe almoço de graça, deixar os filhos com avós também tem o seu preço. É um preço muito barato se os pais souberem aproveitar bem dizendo que não aceitam o que os filhos fazem, mesmo que estes digam que "aprenderam com os avós". Então "vocês façam com eles e não conosco que não aceitamos por..." e expliquem direitinho os porquês da não aceitação. Isto é muito educativo para as crianças. Elas não podem fazer TUDO o que querem em TODOS os lugares.

http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/ult6425u12.jhtm

Içami Tiba
Psiquiatra, educador e conferencista. Escreveu “Quem Ama, Educa! Formando Cidadãos Éticos" e mais 22 livros.
Site: www.tiba.com.br

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Viva o Esporte

No mês de março teve início no Colégio Estadual de Marmeleiro – Ensino Fundamental e Médio as atividades do Programa Viva Escola.

O projeto foi elaborado pela professora Maria Helena da disciplina de Educação Física e conta com o apoio do Governo do Estado do Paraná.

O objetivo do programa “Viva o Esporte” é oportunizar o acesso e a participação de alunos no esporte, proporcionar a vivência e a experimentação em várias modalidades esportivas durante o ano letivo.

Além do aluno vivenciar os aspectos lúdicos, técnicos e táticos do esporte, ao participar das atividades ele tem a possibilidade de melhorar a auto estima, adquirir senso de disciplina e planejamento, ser solidário e prestativo.

O programa Viva o Esporte é desenvolvido no ginásio do colégio e em outras áreas esportivas do município. Conta com quase 30 alunos entre 12 e 14 anos.

Dias e horários: segundas-feiras e sextas-feiras das 17h30 às 19h00.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Feliz Páscoa pessoal do CEM


Nesta Páscoa desejamos a paz e o amor que Jesus nos trouxe.
Que a vida nova se renove todos os dias de suas vidas.

História dos Presidentes


Na disciplina de História, os alunos da Profª Berenice Dalla Costa desenvolveram estudos sobre a história dos Presidentes do Brasil desde o primeiro Marechal Deodoro da Fonseca.
Estudou-se o tipo de governo, as leis, a diferença de governo monárquico e republicano. As revoltas ocorridas nos governos.
Ativeram-se mais nos governos de João Batista Figueiredo até Luiz Inácio Lula da Silva.
Comparação de como foi cada governo desde a 1ª República, República Velha, Nova República.
Como foi a ditadura, o governo militar e o impeachment de Fernando Collor de Melo.
O último presidente do regime militar - João Figueiredo e o 1º presidente eleito - Tancredo Neves que, por ter falecido, assumiu em seu lugar o vice - José Sarney.
Na foto a aluna Jéssica Cristina Alves, 3ªA Matutina para os colegas da 3ª A Vespertino explicando sobre o Presidente José Sarney.
A aluna Jéssica se destacou no trabalho dramatizando com muita propriedade a vida desse presidente e sua repercussão na vida política do Brasil.

Prova sobre ambiente reprova 1/3 dos alunos brasileiros

ANTÔNIO GOIS
Clipping Educacional - da Folha de S.Paulo, no Rio
Mais de um terço dos alunos brasileiros têm nível mínimo de conhecimento sobre questões ambientais. Entre 57 nações comparadas, só três (Catar, Quirguistão e Azerbaijão) obtiveram resultados piores.
Essas são as conclusões de um estudo divulgado na última terça-feira (31) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que, de três em três anos, organiza o Pisa, exame internacional que compara o desempenho de jovens de 15 anos em leitura, matemática e ciências.
O último exame, aplicado em 2006, teve como foco principal o aprendizado de ciências. O estudo mais recente selecionou, dessa prova, apenas as questões relacionadas à preservação do ambiente, como consequências do aquecimento global, poluição, fontes de energia alternativas, entre outras.
No Brasil, 37% dos estudantes ficaram abaixo do nível mais baixo de conhecimento sobre essas questões e apenas 5% ficaram na escala máxima. A Finlândia, país com melhor desempenho, teve 6% dos estudantes abaixo do menor nível e 25% no maior.
A média dos países da OCDE (entidade que reúne principalmente as nações desenvolvidas da Europa, América do Norte e Ásia) é de 16% dos estudantes abaixo do menor nível da escala e 19% no topo. O estudo destaca a importância de preparar os jovens em conhecimentos para lidar com os desafios ambientais.
Uma constatação positiva do trabalho é que a maioria dos estudantes em quase todos os países e níveis de renda, inclusive no Brasil, se mostraram preocupados e conscientes de que é preciso agir.
Para 97% dos jovens brasileiros, por exemplo, a poluição do ar é um tema que exige séria preocupação da sociedade. Só 21% deles se mostraram otimistas com relação à possibilidade de melhoria nos próximos 20 anos, caso nada seja feito.
O desafio, diz o relatório, é dar aos alunos conhecimentos e habilidades para entenderem melhor as questões ambientais.
Um exemplo citado pela OCDE é o fato de que mais de 90% dos alunos que fizeram o exame em 2006 disseram estar familiarizados com o tema da poluição do ar. No entanto, numa questão sobre a chuva ácida, quando questionados a citar uma fonte de poluição -como emissões de gases por carros ou fábricas- metade não foi capaz de dar uma resposta correta.
Para Marta Feijó Barroso, professora do Instituto de Física da UFRJ e autora de estudos sobre o ensino de ciências no Brasil, é preciso investir mais na formação de professores, que, disse, é um das principais características dos países bem avaliados, como a Finlândia.
"Os estudantes falam muito sobre ambiente, mas sabem pouco a respeito. Para isso, é fundamental preparar melhor os professores. Malformado e sem segurança para trabalhar questões complexas e que envolvem o conhecimento interdisciplinar, a tendência é esse profissional adotar a lei do menor esforço e priorizar o discurso político, sem se aprofundar no conhecimento", disse.
Para ela, sem isso, de pouco adiantará introduzir questões no currículo ou cobrar dos professores melhores resultados em avaliações externas. Na última versão do exame, de 2006, os estudantes brasileiros ficaram nas últimas colocações nos rankings de ciências, leitura e matemática.
fonte:http://www1.folha.uol.com.br

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Estadual já tem curso de Espanhol


O curso de espanhol teve início no Colégio Estadual de Marmeleiro dia 06 de abril de 2009. A duração é de dois anos e é ofertado aos alunos, professores, funcionários e comunidade através do CELEM.
No final do curso quem atingir a frequência exigida receberá certificado.
O espanhol é a segunda língua mais falada na comunicação internacional(são 450 milhões de pessoas que falam essa língua em todo o mundo).
Desde a criação do MERCOSUL e com o processo de globalização, tornou-se fundamental o estudo da língua espanhola.
O curso será ministrado pela Professora Cleudemara Arnold da equipe de professores da escola.

Horário das aulas

Turma 1
Segundas e quartas-feiras
13h15 às 15h00

Turma 2
Segundas e quartas-feiras
15h00 às 16h30

Turma 3
Terças e quintas-feiras
13h15 às 15h00

Turma 4
Terças e quintas-feiras
17h30às 19h30

O Sol e o Vento



O sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte e o vento disse:

- Provarei que sou o mais forte.

Vê aquele velho que vem lá embaixo com um capote?

Aposto como posso fazer com que ele tire o capote mais depressa do que você.

O sol recolheu-se atrás de uma nuvem e o vento soprou até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais o velho segurava o capote junto a si.

Finalmente o vento acalmou-se e desistiu de soprar.

Então o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para o velho.

Imediatamente ele esfregou o rosto e tirou o capote.

O sol disse então ao vento que a gentileza e a amizade eram sempre mais fortes que a fúria e a força.

Autor desconhecido

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Assista a história

OS DEZ MELHORES FILMES PARA EXPLORAR OS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA
DE 5ª a 8ªSÉRIES


1 – 1492 – A conquista do Paraíso
Conteúdos: grandes navegações; Inquisição; descobrimento da América.

2 – Desmundo

Conteúdos: Brasil - Colônia; escravidão indígena; sociedade colonial.

3 – Carlota Joaquina – Princesa do Brasil

Conteúdos: a vinda da família real portuguesa; guerras napoleônicas; o período que antecede a independência.

4 - Forrest Gump

Conteúdos: história dos Estados Unidos dos anos 1960 e 1970; movimentos hippie; guerra do Vietnã; caso Watergate; racismo; aids.

5 – Guerra do Fogo

Conteúdos: pré-história, descobrimento da tecnologia do fogo; origem da linguagem humana.

6 – O Descobrimento do Brasil

Conteúdos: descoberta do Brasil; o processo de expansão marítima e comercial portuguesa nos séculos 15 e 16.

7 – Tempos Modernos
Conteúdos: fordismo, revolução industrial; movimento proletário; industrialização e urbanização.

8 – O Nome da Rosa

Conteúdos: igreja medieval; Inquisição; Indulgências; filosofia medieval agostiana e tomista.

9 – Ilha das Flores

Conteúdos: globalização; capitalismo; injustiça social; consumismo.
(o filme está disponível para download no site www.portascurtas.com.br).

10 – O Velho – A história de Luis Carlos Prestes

Conteúdos: movimento comunista brasileiro: Coluna Prestes; trajetória dos partidos de esquerda.

Líder em sala de aula



Alunos do turno da manhã recebem orientações sobre o papel do líder em sala de aula.

Redação, como fazer?

Os alunos dos terceirões já estão preocupados, quais temas serão objetos dos vestibulares e ENEM 2009-2010. Mas, na verdade essa preocupação deve ser constante, não apenas no terceiro ano do Ensino Médio.
Em nossas salas de aula discute-se muito a questão propondo algumas ações e orientações aos alunos desde o Ensino Fundamental. Nosso objetivo não é "engessar" as ideias dos alunos com modelos, mas levá-los a escrever, analisar e discutir o próprio texto. Trocar experiências com colegas e compartilhar o que escrevem.
Trabalha-se na escrita diversas modalidades textuais, entretanto, a dificuldade se acentua quando o aluno não demonstra interesse pela leitura e a escrita, e mesmo assim, exige que o professor ensine "fazer redação".
Os livros e vários sites estão repletos de técnicas. Porém,isso de nada(ou pouco) adianta se o aluno não possui o hábito de leitura e escrita.
Achei pertinente copiar e colar parte das orientações da Coordenadora de redação Maria Thereza Fraga Rocco que "tem uma tarefa de peso: preparar a prova de redação do vestibular mais concorrido e temido do Brasil - a Fuvest - ..." constante do informativo O poder do verbo.
O texto na íntegra poderá ser lido no endereço http://guiadoestudante.abril.com.br/redacao/materias_280334.shtml

Profª Marina

Existe alguma forma de se preparar para a redação?

Existe: fazendo textos. Podem-se, por exemplo, produzir redações na escola ou em casa e discutir sobre elas com um professor ou um colega. As versões - que são os rascunhos - não podem ter aquele sentido antigo, de algo que se descarta no lixo. Aquela primeira versão é um anteprojeto do texto. E, à medida que ele for refeito, revisto e criticado, vai crescendo. Quem sabe escrever sabe escrever com a prática de desenvolver a escrita. A leitura é muito importante, mas a relação entre ler um texto e produzir outro não é automática.

O que o vestibulando deve ter em mente para escrever um bom texto?

A coerência, a coesão, o uso adequado de conectivos. Mas há um ponto muito importante: o conceito de autoria - quando se pode perceber que determinado texto foi de fato escrito por aquele candidato. Não nos interessa se a opinião é politicamente correta. As boas redações são aquelas que obedecem ao discurso dissertativo - que têm começo, meio e fim - e são fruto da independência do pensamento de cada um. Ficamos exaustos de ver a "camisa-de-força" enfiada nos jovens pela escola ou pelos cursos preparatórios.
Muitos alunos escrevem numa estrutura engessada de cinco ou seis parágrafos: começam com um "desde a Antiguidade"; no segundo parágrafo usam "por um lado"; no terceiro, "no entanto"; no quarto, "por outro lado"; no quinto, "é preciso, porém, considerar"; e, no sexto, "em resumo". Formalmente, a estrutura é corretinha. Mas o que se vê? Que os conectivos nada têm a ver com o restante do parágrafo.
Outra coisa que não se deve fazer: tentar mostrar erudição a qualquer custo. É comum vermos coisas do tipo: "como diz o grande poeta latino" ou "como escreveu Sócrates...” são chiques! Mas, ora, Sócrates não escreveu nada! O pior é que todo ano encontramos as mesmas citações. Sinal de que os alunos foram treinados para citar. O candidato deve citar, sim, mas com competência, sabendo o que está fazendo.


"A redação só é um terror para quem não investe tempo em desenvolvê-la". Tomou nota?

Maria Thereza Fraga Rocco (FUVEST).
http://guiadoestudante.abril.com.br/redacao/materias_280334.shtml-acessado em 02/04/09.