quarta-feira, 22 de julho de 2009

Deficiência Visual. Como ensinar esse aluno?











Di-a 22 de julho estiveram no Colégio Estadual de Marmeleiro a Profª Márcia Regina Vissotto Carletto e o Prof. Gilson José Rovaris do Centro de Apoio Pedagógico - CAP de Francisco Beltrão para orientar os professores e funcionários da escola de como trabalhar com estudantes cegos.
O CAP de Francisco Beltrão - PR está estruturado em quatro núcleos:
Núcleo de produção de brille;
Núcleo de Apoio Pedagógico;
Núcleo de Tecnologia;
Núcleo de Convivência.
A Profª Márcia e o Prof. Gilson colocaram que "a cegueira não deve ser encarada como desgraça e nem se deve pensar na pessoa como inútil e incapaz. A pessoa cega não precisa de piedade, mas de oportunidades. A educacão especial e a reabilitação possibilitam a superação de muitas dificuldades.
A cegueira é apenas uma deficiência sensorial e está longe de ser uma enfermidade. Não é contagiosa e não passa de uma pessoa para outra. Ainda algumas pessoas não permitem que os filhos entrem em contato com os cegos com medo deles também ficarem cegos.
O Prof. Gilson citou que algumas pessoas costumam fazer "brincadeiras" bobas quando veem que a pessoa possui deficiência visual, tais como: "olhe o poste", "tem um rio à sua frente"; chamam o cego de "ceguinho", piadas de cego etc. Esses gestos de indelicadeza e de falta de educação das pessoas costumam deixar o cego extremamente magoado, mesmo que muitas vezes ele não o demonstre.
Salientou-se que os cegos não são surdos e que não é necessário levantar a voz para falar com eles. E não existem palavras "tabus". Deve-se falar normalmente com eles. Também não são pessoas "puras". Eles não são criaturas diferentes, desprovidas de interesse de coisas normais.
O cego é uma pessoa normal e cada um tem sua personalidade. Na sala de aula e no dia a dia age como qualquer um de nós. Não é "vidente" com sexto sentido porque a natureza os compensou pela falta de visão, como pensam algumas pessoas. O que acontece é que ele desenvolveu habilidades latentes em todos nós que, se treinadas, também serão desenvolvidas.
O Gilson falou que quando está descansado ao caminhar nas ruas percebe os obstáculos com mais facilidade porque está concentrado. Já quando está cansado ocorre o inverso - fica distraído como qualquer pessoa.
Citou-se que é comum quando pessoas conversam com um cego gesticular e indicar direções,ou não dizer que estão saindo do recinto. Ou as pessoas conversam com o cego, saem e quando voltam esperam que ele saiba quem é. Mesmo que ele tenha ótima memória auditiva, nem sempre vai se lembrar de todas as vozes. Então para evitar situações embaraçosas para ambos deve-se sempre identificar-se. Tome-se sempre a referência deles e não a nossa para evitar-se embaraços.
Não se deve deixar de apertar a mão de uma pessoa cega ao encontrá-la ou despedir-se dela.
O aperto de mão substituirá nosso sorriso cordial. Para isso basta tocarmos com o dorso de nossa mão na mão do cego e ele saberá que queremos apertar-lhe a mão".
Ocorreram ainda durante a exposição, outras orientações de como ensinar e conviver com o aluno cego na escola.






Nenhum comentário:

Postar um comentário