quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alunos do Colégio Estadual de Marmeleiro visitam o Centro de Convivência e Entretenimento dos JEPs(Jogos Escolares do Paraná), em Francisco Beltrão, 27.06.12.
,


Leia mais e veja fotos sobre os Jogos Escolares
http://www.jogosescolares.pr.gov.br


http://www.jogosescolares.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=7539&tit=Estudantes-de-municipios-vizinhos-visitam-JEPs-em-Francisco-Beltrao- 


,
Professor Nelson Schavalla explica os fundamentos do tchoukball, umas das atividades do Centro de Convivência dos JEPs

,
Depois da rápida instrução foi a hora de praticar o tchoukball, modalidade que tem despertado o interesse dos visitantes.

Fotos publicadas em

http://www.jogosescolares.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=7539&tit=Estudantes-de-municipios-vizinhos-visitam-JEPs-em-Francisco-Beltrao- acesso:27.06.12

terça-feira, 26 de junho de 2012



POEMA

 Canto o canto de outros cantos

Professora Marina Niceia Cunha

Canto o canto da palavra                          
Choro o choro da poesia
Rio o riso da beleza
Pinto a cara da disfarçatez
Volto à volta de quem me ama
Entrego-me a verdade de suas pernas
Beijo os lábios da saudade
Olho os olhos negros do silêncio
Busco a verdade que não foi dita

Canto o canto da beleza
Acaricio o ventre que dá a vida
Beijo o seio que alimenta
Entrelaço as mãos que acariciam
Olho os olhos que desejo
Sinto o cheiro de quem ama
Quero o brilho da paixão
Agarro os cabelos da alegria
Vivo a sede dos embriagados

Canto o canto da descoberta
Quero o desejo da inocência
Sonho o sonho dos puritanos
Sofro a paixão dos inocentes
Penso na vida de quem não ama
Firo o sentimento dos desalmados
Desarmo a grandeza dos perdidos
Não me escandalizo com a sensualidade
pois, sou poeta
e
 canto apenas canto,
o canto da Palavra
 POESIA.

Texto publicado pelo Jornal de Beltrão, 17.06.12, domingo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O ato de ler não se esgota na decodificação puramente da palavra escrita, mas antecipa e se alonga na inteligência do mundo.
Paulo Freire
Acontecimentos na escola

Dia 22 de junho - visita do Excelentíssimo Sr. Secretário da Educação - Flávio Arns.








O Excelentíssimo Sr. Secretário da Educação do Paraná esteve visitando o Colégio Estadual de Marmeleiro e foi recepcionado pela Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Alunos e Funcionários.

Dia 23 de junho - O Grêmio estudantil Castro Alves promoveu Bazar de roupas e calçados na escola.
Grêmio Estudantil do Colégio estadual de Marmeleiro

GECA(Grêmio Estudantil Castro Alves)

"O Gremio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,  educacionais, deportivos e sociais.
O Grêmio é o órgão máxio de representação dos estudantes da escola. Permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos".

Presidente: Andreza Testolin Rodrigues
Vice-presidente: Larissa Tomassoni
Secretário Geral: Francieli Claro
Primeiro Secretário: Alessandra Lima Ghizzi
Tesoureiro Geral: Leandra Michelon
Diretor Geral: Cristiano França
Diretor de Imprensa: Daniela Mello Martins
Diretor de Esportes: Leonardo Acco
Diretor de Cultura: Sandieli Lupatini
Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Daniela Salvadego
Conselho Fiscal Efetivo: Bruna Moraes, Bruna Casagrande, Kauana Lisboa.
Suplentes: Wellinton Cassiano de Moraes, Maiara Giacomet, Tamara Vanessa Zulkwski

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Colégio Estadual de Marmeleiro sedia Formação em Ação de Educadores

            Hoje, 13 de junho, no Colégio Estadual de Marmeleiro, NRE Itinerante, Formação em Ação, encontro de Professores, Pedagogos e Agentes Educacionais dos seguintes municípios do Núcleo Regional de Educação – Enéas Marques, Flor da Serra, Manfrinópolis, Marmeleiro, Renascença, Salgado Filho e Verê.
O objetivo da Formação em Ação descentralizada é discutir práticas pedagógicas, trocar experiências  e qualificar os profissionais em todas as áreas de atuação e respectivas disciplinas.
Os professores coordenadores de área do Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão trabalharam oficinas pedagógicas com os Professores, Pedagogos e Agentes Educacionais I e II.
Foram eles os responsáveis pelo evento pedagógico no município de Marmeleiro. São 29 docentes que passaram por capacitação em Curitiba.



Texto e fotos: Professora Marina

terça-feira, 12 de junho de 2012



Redigir será uma arte?

            De certo modo sim, principalmente porque somos nós os artistas que devemos burilar nosso próprio texto. E para que isso aconteça é preciso muito trabalho de escrita e reescrita. Os maiores escritores concordam que escrever não é fácil e que não basta apenas a criatividade.
            É provável que o leitor – aluno – nesse momento esteja preocupado com a Redação que terá de fazer no ENEM e vestibulares. Entretanto,  a maioria  espera que aconteça um “milagre” e que de um momento para outro, passe a escrever textos maravilhosos de acordo com as solicitações da modalidade dissertativa-argumentativa, por exemplo. Ledo engano, pois não?
A dissertação argumentativa é a mais exigida atualmente no ENEM, vestibulares e concursos e é claro que merece atenção especial por parte do aluno. Sendo um texto opinativo, deve ser claro, simples e convincente. Mas é preciso ter força nos argumentos e não sair escrevendo por puro “achismo”, expressão que, aliás, deve ser evitada – “Eu acho que”.
Presumindo que seu interesse ao estar lendo o que escrevo é ampliar o conhecimento no gênero citado, devo dizer-lhe que não há milagre que faça você escrever um bom texto. É necessária muita leitura, estar atento aos assuntos da atualidade do Brasil e do mundo e as informações do dia a dia. Não obstante, isto não basta! É preciso escrever e reescrever, escrever e reescrever, colocar no papel suas ideias seguindo as orientações que por certo já aprendeu em sala de aula. Discutir o texto com o professor, a professora de Língua Portuguesa, inclusive, com os demais professores, pois é importante ter a visão de outros profissionais das diferentes disciplinas.
Se você está escrevendo pelo menos um texto por semana, já é um caminho. Se está esperando que no dia da prova o “milagre” aconteça, então, está na hora de rever seus conceitos de aprendizagem e de tenacidade.
E para ajudá-lo é bom que atente para algumas considerações importantes que devem ser seguidas na produção argumentativa:
a) simplicidade. Essa dica é muito importante. Não tente impressionar escrevendo “difícil” O texto pode ficar sem compreensão e dar atender que o autor não conhece o vocabulário e pouco lê. Lembre-se – em se tratando de palavras “difíceis”, menos é mais. Mas evite o coloquialismo para não exagerar a simplicidade.
b) Língua Portuguesa. Corretores de redação(ENEM e de qualquer bom vestibular) são severos nesse ponto: não admitem erros de português. A norma culta é indispensável e isto está claro nas instruções da prova.
c) Abaixo o” internetês”. Se é norma culta, não escreva da forma que se comunica pela rede. Esqueça as abreviaturas “pq”, “vc” e as expressões “naum”, substituir o acento agudo pelo “h” ou o “o” pelo “u”.  A não ser que você esteja exemplificando a escrita dos jovens na internet.
Estrangeirismos também empobrecem a redação, sem contar com os modismos linguísticos “a nível de”, “no sentido de” e o emprego do gerúndio “estar falando” e tantos outros.
As palavras estrangeiras a maioria delas já foram incorporadas à Língua Portuguesa, portanto, esqueça-as. Utilize somente se o texto exigir.
d) E a letra? O quesito legibilidade é fundamental. Nem imagine que o corretor vai adivinhar o que você escreveu.
Lembra-se do caderno de caligrafia. Caso sua seja ilegível, trate de começar a treinar sua letra.
e) Por onde começar?  Não se aconselha pelo título porque de repente fica-se preso ao que ele indica, e limita-se o texto. Comece pelo texto e deixe o título por último
No caso da dissertação-argumentativa do ENEM, adiante o assunto logo no primeiro parágrafo. A tese deve aparecer com clareza.
f) Argumentação. Na construção dos argumentos, o articulista mostra ter ou não conhecimento. Sendo a dissertação um gênero opinativo, é necessário apontar argumentos convincentes e que façam sentido no texto. É preciso “convencer” o leitor de suas razões. A leitura de jornais, revistas e livros auxiliam no embasamento.
Evite ainda ser prolixo(emprego de muitos verbos que poderia ser dito com um ou dois). Mostre conhecimento. Mostre conhecimento de sintaxe, sendo mais coeso possível, nada de períodos longos demais).
Escreva textos semanais, treine a escrita, mantenha a leitura em dia. “Ler é a melhor forma de aprender a escrever e, ter domínio da escrita lhe ajudará em muitas ocasiões de sua vida profissional".

 Professora Marina Nicéia Cunha
Língua Portuguesa



GVGO na terceira série do Ensino Médio
Disciplina: Língua Portuguesa
Séries: 3A e 3B
Turno: Matutino
Professora: Marina Niceia Cunha
Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social
Conteúdo Básico: Modernismo no Brasil - Segunda fase

Os alunos das terceiras séries do Ensino Médio, na disciplina de Língua Portuguesa, leram e pesquisam o conteúdo Modernismo no Brasil – Contexto histórico, características, obras e autores e reflexos na literatura contemporânea.
O resultado de suas aprendizagens foi apresentado através de GVGO(Grupo de Verbalização e Grupo de observação).
GVGO é um tipo de técnica, usada na análise de grupos, poderá ser utilizado com o objetivo de ensino e aprendizagem.
         É uma técnica de discussão em grupo que ajuda aos participantes a:
a) aprenderem a ouvir os outros elementos do grupo.
b) participarem de uma discussão, ainda que não falem.
c) seguirem uma discussão, como observadores
.
A técnica de grupo poderá ser desenvolvida em qualquer disciplina.
O professor propõe questões ou temas com o objetivo de ensino e aprendizagem.
É uma técnica produtiva que envolve os alunos nas diferentes fases.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Experiência na aula de Geografia
Tema: Vulcões
Professora Adriana Gehlen
Sexto ano
Turno: Vespertino



Possíveis temas de Redação - ENEM 2012

Alguns temas que já foram notícia anteriormente podem vir a ser temas na Redação do ENEM em 2012.
É importante que você esteja atualizado com as notícias e informações no dia a dia, pois os temas costumam ser assuntos da atualidade do Brasil e do mundo.
Temas que foram notícias no ano 2011 e 2012.

- Aborto de anaencéfalos.
- A influência das redes sociais.
- Álcool X Trânsito.
- As questões ambientais.
- Ascensão da mulher no Brasil.
- Bullying.
- Censo demográfico 2011.
- China.
- Redes Sociais.
- Copa 2014.
- Criminalidade Infantil.
- Diversidade Sexual na Adolescência.
- Divisão do estado do Pará.
- O Novo Código Flrestal.
- Participação Política.
- Reflexos da Violência no Brasil.
- Rio + 20.
- Tragédia no Japão.
- União civil entre homossexuais.
- Violência nas Escolas.

Fonte: http://vestibular.brasilescola.com/enem - acesso 11.06.12.
Talento Esportivo no Handebol

O desenvolvimento dos talentos esportivos do Paraná é uma das metas do Governo do Paraná, 2011-2014 e conta com o patrocínio da Copel e da Sanepar.
Nesse contexto, o Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, no sentido de contribuir com o referido programa, solicitou que o Colégio Estadual de Marmeleiro-Ensino Fundamental e Médio que indicasse um aluno/atleta com base em determinados critérios para concorrer a uma Bolsa Esporte.
Além de estudar na rede estadual de ensino do Estado do Paraná, o aluno deveria ter boas notas, participado dos Jogos Escolares em 2011, de atividades no contraturno escolar e praticar uma modalidade olímpica.
A partir desses critérios, a aluna Carol Ferreira Moraes foi contemplada com a Bolsa Esporte do Programa Paraná Talento Olímpico.
A aluna Carol participa do Programa Esporte e Lazer no contraturno, na modalidade de Handebol, no contraturno que já faz pelo menos 3 anos existe na escola.
É um Programa do Governo do Estado do Paraná o qual incentiva a permanência do aluno na escola.
        Maria Helena de Santi Stael é a Professora de Educação Física, coordenadora do Programa Esporte e Lazer.



Classificação dos alunos nos Jogos Escolares do Paraná
Fase Regional

SANTO ANTONIO DO SUDOESTE

Modalidades

HANDEBOL FEMININO B - 3º LUGAR
HANDEBOL FEMININO A - 4º LUGAR
BASQUETE MASCULINO A - 3º LUGAR
VOLEIBOL FEMINIO A  - 3º LUGAR
VOLEIBOL MASCULINO A 3º LUGAR

ATLETISMO PARA A FASE MACRO REGIONAL
DOIS VIZINHOS DE 05 A 10 DE JUNHO

ANELLY ROSSETO
GUILHERME NICOLAU
LENDRO ANTUNES

PARABENIZAMOS os alunos e respectivos Professores de Educação Física
CONTOS NOVOS
MÁRIO DE ANDRADE

Por Marina Cabral da Silva
Enredos
Vestida de Preto
O conto inicia-se com indagações de Juca sobre seus primeiros amores e, em especial, o amor dedicado à sua prima, Maria. Um beijo interrompido pelo olhar repressor de Tia Velha foi a única coisa que ocorreu entre ambos. Passados alguns anos, o desinteresse de Juca em relação aos estudos implicou no desprezo de Maria em relação a ele. Esse desprezo de Maria despertou em Juca uma curiosa busca pelo conhecimento, e tornou-se estudiosíssimo. Maria, no entanto, muito namoradeira acabou casando-se com um diplomata rico e partiu em busca de uma embaixada europeia.
Uma declaração da mãe de Maria fez Juca reconhecer que seu grande amor sempre fora a prima. Toda a busca enraivecida de Juca pelo conhecimento e todas as inquietações e incoerências de sua prima em relação aos seus vários relacionamentos apenas refletiam o amor de um pelo o outro. Diante disso, Juca decidiu falar com Maria, que já havia retornado ao Brasil. Porém, ao encontrá-la vestida de preto, Juca apenas conseguiu dizer um boa-noite indiferente e esta foi a última vez em que a viu. O que Juca soube de Maria, a partir de então, é que esta teria voltado à Europa e vivia com um austríaco interessado em feiras internacionais.

O Ladrão
Um rapaz descendo a rua, gritando “Pega!”, foi o motivo necessário para acordar o bairro e levantar um grupo de voluntários na perseguição de um possível bandido fugitivo. Ninguém sabia quem ele era e nem o que havia feito. Pouco a pouco, os moradores do bairro acordavam, as luzes das janelas se acendiam e o grupo de perseguidores só aumentava. O sentimento de susto e agitação que se instaurou no bairro terminou em um ar de festa. Surgiu uma vontade de conversar, contar casos e os moradores acabaram se conformando com a certa fuga do bandido e a ausência de perigo. Grupos se formaram, um rapaz tocava uma valsa no violino, a chegada da mulher do português gerou declarações do guarda e despertou falsas esperanças em outros rapazes. O fim da noite acabou trazendo de volta a rotina do bairro. Os moradores foram um a um voltando a suas casas, o guarda retornou ao seu posto, a valsa acabou, as janelas se fecharam e só restou um grupo de três pessoas reunidas no lugar onde se passa o bonde.



Primeiro de Maio

Era Primeiro de Maio e 35 carregadores da Estação da Luz, acordou, tomou banho e barbeou-se para celebrar de forma digna o seu grande dia. 35, enquanto se barbeava, matutava sobre a condição de opressão da classe proletária, sobre os rumores dos “motins” que poderiam se instaurar no Primeiro de Maio em outras grandes cidades e se compadecia de seus iguais, trabalhadores. Vestido com uma roupa preta de luxo, 35 saiu para aproveitar o seu grande dia. Decidiu percorrer a cidade, passou na Estação da Luz para cumprimentar os amigos. Havia pouca gente nas ruas, tudo fechado, o que havia de fato eram policiais em todos os cantos.
 Sentado em um banco de jardim, 35 abriu o jornal e leu comovido um artigo sobre a nobreza do trabalho, depois viu as notícias sobre os esperados “motins” em Paris, as providências da polícia para conter comícios e passeatas em São Paulo e sobre a grande reunião proletária no Palácio das Indústrias, um lugar fechado. 35 ficou angustiado só de pensar no que poderia acontecer aos proletários naquele lugar. Continuou lendo o jornal e informou-se sobre a chegada dos deputados trabalhistas na Estação do Norte e, mesmo receoso de chegar atrasado, decidiu ir até lá para receber os grandes homens. Para sua surpresa, não havia nenhuma multidão, tudo estava normal. Tomado de um sentimento de ilusão e remorso que se confundia com fome, 35 decidiu voltar a pé para casa.
 Não eram 13 horas e 35 já estava à vista do Palácio das Indústrias. Viam-se dezenas de operários e policiais por toda parte. 35 encontrou um amigo, 486, que também havia dado um jeito de não trabalhar naquele dia. As histórias de 486 sobre massacres horrendos a proletários só aumentaram o medo e a covardia de 35. Mesmo diante do sentimento de fraternidade em relação aos demais proletários, quanto à celebração do Primeiro de Maio, 35 teve pânico ao pensar em entrar naquele lugar fechado e cheio de policiais. Tomou o bonde e nem se despediu de 486. Ao final do dia, 35 decidiu voltar à Estação da Luz que era o seu domínio. Entrou num café, comeu um pão com manteiga, comprou uma maçã e voltou aos seus companheiros carregadores.



Atrás da Catedral de Ruão
Este conto, narrado em terceira pessoa, conta a história de Mademoiselle, uma professora de francês e preceptora de duas meninas, Alba e Lúcia. Aos seus quarenta e três anos de idade, Mademoiselle, virgem, estava acometida do mal do sexo e cercada de devaneios e anseios. As meninas, já quase moças, dividiam com a professora diversas experiências, curiosidades e histórias. Alba e Lúcia moraram muito tempo na Europa, falavam inglês, alemão e um francês mais moderno que o de Mademoiselle. Numa noite, quando a professora voltava para casa, passou atrás da Catedral de Ruão. Dois homens começaram a persegui-la, Mademoiselle apressou o passo até avistar a porta iluminada da pensão onde morava, ao chegar, passou por um tiroteio de espirros. Os perseguidores se aproximaram, Mademoiselle pagou a cada homem com um níquel e subiu, chorando, as escadas da pensão.

 O Poço
Joaquim Prestes era um rico fazendeiro já endurecido pelos seus setenta e cinco anos. Era caprichosíssimo em tudo o que fazia. Na região onde vivia, fora o introdutor do automóvel, o primeiro a criar abelhas e o primeiro a adquirir terrenos para obter pesqueiros. A falta de água na casa de seu pesqueiro fez com que Joaquim decidisse abrir um poço. Os camaradas da fazenda ficaram responsáveis por perfurá-lo, já que para ele não havia necessidade de contratar alguém para fazer o serviço.
Porém, chuvas e um frio terrível impediram o andamento do trabalho. Joaquim, ao saber que o poço já minava água, resolveu acompanhar os primeiros resultados do trabalho. Ao olhar o poço, deixou cair sua caneta-tinteiro. As péssimas condições climáticas não impediram que Joaquim Prestes ordenasse aos trabalhadores que fizessem de tudo para retirar sua caneta de dentro do poço. Albino, mesmo com sérios problemas de saúde, era o que mais se subordinava à triste situação. O vento soprava forte, era um 'vai e vem' de caçambas com água, um frio terrível dentro do poço. Albino já esmorecendo, os operários indignados, a situação tornou-se insustentável. Joaquim decidiu que chamaria alguém para terminar o trabalho no outro dia. Todos ficaram aliviados. Dois dias depois, chegou o embrulho com a caneta à casa de Joaquim. A caneta estava cheia de areia e arranhada. Joaquim reclamou e abriu a gaveta que guardava lapiseiras e três canetas-tinteiro.

Peru de Natal
O primeiro natal em família depois da morte do pai ocorreu embasado em uma ideia maluca de Juca. A natureza cinzenta do falecido pai nunca permitiu grandes comemorações em família, porém Juca estava decidido a espantar as lembranças dolorosas. Naquele natal, ele queria comer peru. Todos ficaram alegres com a proposta, fizeram todos os preparativos e, após a Missa do Galo, se reuniram para comemorar aquele natal. Toda a ocasião trouxe ao coração de Juca uma ternura e um amor em família transbordante. Porém, a emoção da mãe trouxe de volta as lembranças do pai. Juca, decidido a salvar aquele natal, num ato heroico, disse que o pai deveria estar feliz com aquela noite, já que ele sempre havia trabalhado tanto para vê-los contentes. A imagem do pai foi diminuindo e as lembranças pesadas desaparecendo. Quando levantaram da mesa, já havia se passado horas. Alegres e bambeados por causa da cerveja, foram deitar preenchidos de uma insônia feliz.

Contos Novos, de Mário de Andrade
Análise da obra

Contos Novos, publicados postumamente, em 1947, escritos por Mário de Andrade num período de crise pessoal, teve publicação póstuma. Reúne narrativas da maturidade artística do autor, marcadas pela maior depuração compositiva e estilística. "Eu também me gabo de levar de 1927 a 42 pra achar o conto, e completá-lo em seus elementos" (Carta a Alphonsus de Guimaraens Filho).
Contos Novos é a obra de maturidade de Mário de Andrade, por estar arejado dos cacoetes modernosos, sem perder o frescor modernista. É provavelmente o livro que chega mais perto, pois, da imbatível produção contística de Machado de Assis.
A criação de seus nove textos foi esmerada, a ponto de haver um artesanato perfeccionista, um burilamento que lembra o Parnasianismo (guardadas as devidas diferenças). Basta observar o “Frederico Paciência”, por exemplo, em que o autor levou 18 anos em sua confecção.
Contos de estrutura moderna, que acolhem as principais correntes ficcionistas que marcaram a Literatura Brasileira das décadas de 30 e 40. Mais do que os fatos exteriores, os relatos procuram registrar o fluxo de pensamento das personagens. Os contos destacam São Paulo, capital e interior, nas décadas de 20 a 40; o processo de urbanização e industrialização (cidade); e o duelo patriarcalismo X progressismo (ambiente rural).

Foco narrativo

Quatro contos são narrados em 1ª pessoa (Peru de Natal, Vestida de Preto, Frederico Paciência e No Tempo da Camisolinha), que centram-se no eixo de individualidade de Juca, protagonista-narrador. Por meio de evocação memorialista, em profunda introspecção, ele relembra a infância, a adolescência e o início de vida adulta. 

Os contos em 1ª pessoa, apresentam caráter autobiográfico. No período, influenciado pelas doutrinas psicanalíticas de Freud, deixa-se levar por certo complexo edipiano, de maneira a exaltar a figura da mãe-mártir perfeita e abominar a formação patriarcal da família. Ainda é lembrada (Frederico Paciência) certa tendência ao homossexualismo. Por trás da análise psicológica, o escritor mostra a vivência urbana, retirando seus personagens das camadas médias da sociedade paulistana.

São cinco os contos narrados em 3ª pessoa (O Ladrão, Primeiro de Maio, Atrás da Catedral de Ruão, O Poço e Nélson), que centra-se num eixo de referência social, de inspiração neo-realista. A denúncia de problemas sociais se alia à análise da problemática existencial das personagens.

Predomina nestes contos a análise psicológica, chegando a estruturas refinadas e perfeitas dentro da modernidade a que se propõe, como é o caso de Peru de Natal.
Os contos em 1ª pessoa, apresentam caráter autobiográfico. No período, influenciado pelas doutrinas psicanalíticas de Freud, Mário de Andrade deixou-se levar por certo complexo edipiano, de maneira a exaltar a figura da mãe-mártir perfeita e abominar a formação patriarcal da família. Ainda é lembrada (Frederico Paciência) certa tendência ao homossexualismo. Por trás da análise psicológica, o escritor mostra a vivência urbana, retirando seus personagens das camadas médias da sociedade paulistana.

Espaço

Integra-se de forma dinâmica nos conflitos das personagens. Por exemplo, em O poço, o frio cortante do vento de julho, no interior paulista, amplifica o tratamento desumano que o fazendeiro Joaquim Prestes dá a seus empregados
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/c/contos_novos - acesso: 21.06.12


Frederico Paciência
Este conto narrado em primeira pessoa traz a história da amizade ambígua entre Juca e Frederico Paciência. Os meninos se conheceram no ginásio. A perfeição moral e física de Frederico despertavam em Juca sentimentos que se confundiam entre a inveja e a amizade; a cumplicidade e o encanto. O forte laço entre os garotos acabou despertando boatos na escola, que desencadearam socos e golpes aos donos dos insultos. Frederico e Juca a cada dia ficavam mais unidos, trocavam abraços, as mãos permaneciam unidas, confessavam uma amizade eterna. Porém, a formatura no ginásio iniciou um processo de afastamento entre os garotos. Frederico, sempre muito estudioso, pretendia fazer medicina. Juca se encantava com os bailes e as amizades. A morte do pai de Frederico trouxe à tona tudo o que os meninos tentavam disfarçar e apaziguar entre eles. Frederico acabou se mudando com a mãe, que também veio a falecer, para o Rio. Juca e Frederico trocaram algumas cartas, mas acabaram perdendo o contato

Nelson

A curiosidade de quatro rapazes num bar movimentaram as histórias daquela noite. Todos queriam saber quem era e de onde teria vindo o homem que se sentou sozinho em outra mesa. Alfredo, um dos rapazes, sabia que o homem tinha terras no Mato Grosso e havia sido deixado pela esposa paraguaia. Outro rapaz conhecia a origem da cicatriz medonha que marcava o braço do homem, adquirida num confronto entre revolucionários da Coluna Prestes e militantes do exército inimigo. Numa tentativa de fuga e após matar um dos militantes, o homem teria sido atacado por piranhas. O homem, incomodado ao perceber que o observavam e falavam dele, bebeu seu último copo e retirou-se do bar.

Tempo de Camisolinha
Uma das recordações mais antigas do menino era a tristeza que o acometeu quando seus cabelos negros que caíam pelo ombro foram cortados. O pai ordenou o corte e a mãe consentiu. Para o pai, o menino já estava crescido e o cabelo longo já não mais servia. O que lhe restou foram as camisolinhas que seriam usadas até acabar. O nascimento da irmã e as complicações do parto da mãe levaram toda a família a viajar de férias. Ficaram dois meses num casarão próximo à praia. Os banhos de mar fizeram bem à mãe, no entanto, o menino, tomado de pavor do mar, não entrava na água de jeito nenhum. Preferia ficar sozinho no terreno da casa ou junto dos operários que trabalhavam por ali. O pai não via com bons olhos a atitude do menino, mas a mãe sempre intervinha. Certo dia, um operário deu ao menino três estrelas-do-mar, afirmando que estas garantiriam boa sorte. O menino, mais zeloso impossível, cuidou e amou estas estrelas. Um dia, cansado de olhar as estrelas, o menino foi brincar perto dos operários. Um dos operários que estava assentado sozinho numa melancolia e solidão sem fim incomodou o menino, que foi perguntar o que ele tinha. O operário respondeu que tinha má sorte. Comovido e tomado de tristeza, o menino deu ao operário a maior de suas estrelas para devolver a boa sorte ao homem, e retornou correndo para casa lamentando a perda de sua estrela.
Fonte: Brasil Escola - http://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/contos-novos.htm - acessado em 11.06.12

terça-feira, 5 de junho de 2012

Os alunos do Colégio Estadual de Marmeleiro participaram hoje da Olimpíada de Matemática, nos turnos Matutino, Vespertino e Noturno.
05 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente

Os alunos do 6º ano, turno vespertino, plantaram árvores em frente a escola, juntamente com o Diretor-Auxiliar da escola, Elton Gehlen.