Artigo
Marina Niceia Cunha
Professora de Língua Portuguesa e
Pedagoga
Colégio Estadual de Marmeleiro
Para
escrever bem, é preciso ler. É a leitura que amplia o vocabulário e a
possibilidade de formatar as ideias num texto.
É
a leitura que põem em prática os conceitos da gramática. Para alguns, a
aprendizagem de regras gramaticais é que ensinam a escrever. De fato, as regras
gramaticais auxiliam a escrita, mas importante mesmo é contextualizar tais
regras às práticas de produções textuais para que se evitem os inúmeros erros
ao utilizá-las no texto escrito.
De
acordo com Leonardo Nóbrega, professor e escritor “Ler é fundamental para
escrever. Se não ler, não vai ter conhecimento, bagagem suficiente,
reconhecimento das palavras, ideias”. A
opinião é compartilhada por Fernanda Bérgamo, professora de redação, que faz
algumas ressalvas. “Para escrever, é preciso ler muito, de tudo. Mas, se o foco
é a redação do vestibular, de concursos, não é a melhor ideia apostar nos best
sellers e nos livros de autoajuda, que nos dão prazer, até contribuem para dar
fluência à língua, mas têm linguagem informal. É preciso ler outras coisas”.
Fernanda
Bérgamo afirma ainda que “A leitura propicia uma aula gramatical de graça”.
Através da
leitura podem-se evitar escritas como: “Oje haverá curto”, “ Ela está meia
triste”, “menas coisas vose terá”, “lave seu caro até as 8 hrs da noite”, “Apartir
de amanhã, novo horário, etc.
Quem lê recebe
as informações gramaticais de forma mais consistentes para colocá-las em
prática. Consequentemente, a partir dessa prática haverá melhorias na linguagem
formal. Também não é possível ter opinião, se não se deparar com fatos.
Para se
escrever com propriedade, se faz necessário a leitura de autores que se
preocupam com a linguagem formal e possuem nível linguístico apurado. E ainda a
leitura de jornais e revistas de qualidade, pois forma opinião e capacidade
argumentativa.
Além do mais, a prática da leitura desenvolve
níveis de autonomia, reflexão e criticidade e o amadurecimento da escrita.
Ambas estão interligadas e não devem ser pretexto para o ensino da gramática.
Então, para
estudantes, é importante ler livros de qualidade, da clássica literatura brasileira,
como Machado de Assis, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Luís Fernando Veríssimo,
entre outros. Esses autores são dicas de leitura para quem quer produzir bons
textos e aprofundar o conhecimento da gramática. Apontar fontes fidedignas, certamente, vai
enriquecer a aprendizagem e a nota, porque são resultados da maturidade do
leitor que produziu o texto, salienta, ainda, Fernanda Bérgamo. Esta é uma das formas de contribuir para o
ensino formal da língua e o professor é o grande colaborador.
Artigo publicado no Jornal de Beltrão, domingo,
03 de novembro de 2013.
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