sábado, 28 de março de 2009

Terceirões 3A e 3B - Matutino - CONAE



Conclusões dos alunos dos terceirões matutinos, na discussão sobre a CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO.

Gestores Públicos

- Verbas para melhorar a estrutura física da escola;
- Materiais para disponibilizar aos alunos: computadores, laboratórios equipados; material esportivo;
- Escolas com infraestrutura para portadores de deficiências físicas;
- Quadras esportivas poliesportivas;
- Transporte escolar adequado às normas de segurança;
- Cursos profissionalizantes e de formação profissional;
- Investir na educação de qualidade para evitar a marginalização;
- Cursos à distância para alunos que não podem cursar Universidade;
- Ensino Médio profissionalizante;
- Incentivo à pesquisa tecnológica;
- Cursos profissionalizantes para detentos;
- Cursos profissionalizantes para menores infratores;
- Assistência médica e dentária para alunos;
- Incentivo financeiro para alunos continuarem os estudos;
- Empresas para gerar(o primeiro emprego);
- Materiais didáticos na escola;
- Ampliar as redes de multimídias na escola;
- Investir na educação de campo;
- Carteiras adequadas ao tamanho dos alunos.
- Reformar a quadra de nossa escola,
e de todas que precisarem, incluindo
banheiro, pia e bebedouro.

AÇÕES COLETIVAS NO CEM

- Capacitação para funcionários;
- Curso para merendeiras;
- Cardápio nutricional;
- Cursos técnicos e de formação profissional;
- Continuar com palestras educativas;
- Ampliar as viagens de conhecimento;
- Atividades envolvendo teatro, dança, e outras manifestações artísticas,
esportivas e recreativas;
- Resgate da história da escola;
- Projetos envolvendo a escola, a família e a comunidade.

A MISSA DO GALO

Machado de Assis

Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir; combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite.
A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, e a mãe desta acolheram-me bem, quando vim de Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a estudar preparatórios. Vivia tranqüilo, naquela casa assobradada da rua do Senado, com os meus livros, poucas relações, alguns passeios. A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas. Costumes velhos. Às dez horas da noite toda a gente estava nos quartos; às dez e meia a casa dormia. Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.
Boa Conceição! Chamavam-lhe "a santa", e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar.
Naquela noite de Natal foi o escrivão ao teatro. Era pelos anos de 1861 ou 1862. Eu já devia estar em Mangaratiba, em férias; mas fiquei até o Natal para ver "a missa do galo na Corte". A família recolheu-se à hora do costume; eu meti-me na sala da frente, vestido e pronto. Dali passaria ao corredor da entrada e sairia sem acordar ninguém. Tinha três chaves a porta; uma estava com o escrivão, eu levaria outra, a terceira ficava em casa.
- Mas, Senhor Nogueira, que fará você todo esse tempo? perguntou-me a mãe de Conceição.
- Leio D. Inácia.
Tinha comigo um romance, os Três Mosqueteiros, velha tradução creio do Jornal do Comércio. Sentei-me à mesa que havia no centro da sala, e à luz de um candeeiro de querosene, enquanto a casa dormia, trepei ainda uma vez ao cavalo magro de D’Artagnan e fui-me às aventuras. Dentro em pouco estava completamente ébrio de Dumas. Os minutos voavam, ao contrário do que costumam fazer, quando são de espera; ouvi bater onze horas, mas quase sem dar por elas, um acaso. Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura. Eram uns passos no corredor que ia da sala de visitas à de jantar; levantei a cabeça; logo depois vi assomar à porta da sala o vulto de Conceição.
- Ainda não foi? Perguntou ela.
- Não fui; parece que ainda não é meia-noite.
- Que paciência!
Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da a1cova. Vestia um roupão branco, mal apanhado na cintura. Sendo magra, tinha um ar de visão romântica, não disparatada com o meu livro de aventuras. Fechei o livro; ela foi sentar-se na cadeira que ficava defronte de mim, perto do canapé. Como eu lhe perguntasse se a havia acordado, sem querer, fazendo barulho, respondeu com presteza:
- Não! Qual? Acordei por acordar.
Fitei-a um pouco e duvidei da afirmativa. Os olhos não eram de pessoa que acabasse de dormir; pareciam não ter ainda pegado no sono. Essa observação, porém, que valeria alguma coisa em outro espírito, depressa a botei fora, sem advertir que talvez não dormisse justamente por minha causa, e mentisse para me não afligir ou aborrecer. Já disse que ela era boa, muito boa.
- Mas a hora já há de estar próxima, disse eu.
- Que paciência a sua de esperar acordado, enquanto o vizinho dorme! E esperar sozinho! Não tem medo de almas do outro mundo? Eu cuidei que se assustasse quando me viu.
- Quando ouvi os passos estranhei; mas a senhora apareceu logo.
- Que é que estava lendo? Não diga, já sei, é o romance dos Mosqueteiros.
- Justamente: é muito bonito.
- Gosta de romances?
- Gosto.
- Já leu a Moreninha?
- Do Dr. Macedo? Tenho lá em Mangaratiba.
- Eu gosto muito de romances, mas leio pouco, por falta de tempo. Que romances é que você tem lido?
Comecei a dizer-lhe os nomes de alguns. Conceição ouvia-me com a cabeça reclinada no espaldar, enfiando os olhos por entre as pálpebras meio-cerradas, sem os tirar de mim. De vez em quando passava a língua pelos beiços, para umedecê-los. Quando acabei de falar, não me disse nada; ficamos assim alguns segundos. Em seguida, vi-a endireitar a cabeça, cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo, tendo os cotovelos nos braços da cadeira, tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos.
- Talvez esteja aborrecida, pensei eu.
E logo alto:
- D. Conceição, creio que vão sendo horas, e eu...
- Não, não, ainda é cedo. Vi agora mesmo o relógio; são onze e meia. Tem tempo. Você, perdendo a noite, é capaz de não dormir de dia?
- Já tenho feito isso.
- Eu, não; perdendo uma noite, no outro dia estou que não posso, e, meia hora que seja, hei de passar pelo sono. Mas também estou ficando velha.
- Que velha o quê, D. Conceição?
Tal foi o calor da minha palavra que a fez sorrir. De costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranqüilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que trazia, dava-me uma impressão singular. Magra embora, tinha não sei que balanço no andar, como quem lhe custa levar o corpo; essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite. Parava algumas vezes, examinando um trecho de cortina ou consertando a posição de algum objeto no aparador; afinal deteve-se, ante mim, com a mesa de permeio. Estreito era o círculo das suas idéias; tornou ao espanto de me ver esperar acordado; eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte, e não queria perdê-la.
- É a mesma missa da roça; todas as missas se parecem.
- Acredito; mas aqui há de haver mais luxo e mais gente também. Olhe, a semana santa na Corte é mais bonita que na roça. São João não digo, nem Santo Antônio...
Pouco a pouco, tinha-se inclinado; fincara os cotovelos no mármore da mesa e metera o rosto entre as mãos espalmadas. Não estando abotoadas, as mangas, caíram naturalmente, e eu vi-lhe metade dos braços, muitos claros, e menos magros do que se poderiam supor. A vista não era nova para mim, posto que, também não fosse comum; naquele momento, porém, a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar. A presença de Conceição espertara-me ainda mais que o livro. Continuei a dizer o que pensava das festas da roça e da cidade, e de outras coisas que me iam vindo à boca. Falava emendando os assuntos, sem saber por que, variando deles ou tornando aos primeiros, e rindo para fazê-la sorrir e ver-lhe os dentes que luziam de brancos, todos iguaizinhos. Os olhos dela não eram bem negros, mas escuros; o nariz, seco e longo, um tantinho curvo, dava-lhe ao rosto um ar interrogativo. Quando eu alteava um pouco a voz, ela reprimia-me:
- Mais baixo! Mamãe pode acordar.
E não saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. Realmente, não era preciso falar alto para ser ouvido; cochichávamos os dois, eu mais que ela, porque falava mais; ela, às vezes, ficava séria, muito séria, com a testa um pouco franzida. Afinal, cansou; trocou de atitude e de lugar. Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me, e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só o tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo. Recordo-me que eram pretas. Conceição disse baixinho:
- Mamãe está longe, mas tem o sono muito leve; se acordasse agora, coitada, tão cedo não pegava no sono.
- Eu também sou assim.
- O quê? Perguntou ela inclinando o corpo para ouvir melhor.
Fui sentar-me na cadeira que ficava ao lado do canapé e repeti a palavra. Riu-se da coincidência; também ela tinha o sono leve; éramos três sonos leves.
- Há ocasiões em que sou como mamãe: acordando, custa-me dormir outra vez, rolo na cama, à toa, levanto-me, acendo vela, passeio, torno a deitar-me, e nada.
- Foi o que lhe aconteceu hoje.
- Não, não, atalhou ela.
Não entendi a negativa; ela pode ser que também não a entendesse. Pegou das pontas do cinto e bateu com elas sobre os joelhos, isto é, o joelho direito, porque acabava de cruzar as pernas. Depois referiu uma história de sonhos, e afirmou-me que só tivera um pesadelo, em criança. Quis saber se eu os tinha. A conversa reatou-se assim lentamente, longamente, sem que eu desse pela hora nem pela missa. Quando eu acabava uma narração ou uma explicação, ela inventava outra pergunta ou outra matéria, e eu pegávamos novamente na palavra. De quando em quando, reprimia-me:
- Mais baixo mais baixo...
Havia também umas pausas. Duas outras vezes pareceram-me que a via dormir; mas os olhos, cerrados por um instante, abriam-se logo sem sono nem fadiga, como se ela os houvesse fechado para ver melhor. Uma dessas vezes creio que deu por mim embebido na sua pessoa, e lembra-me que os tornou a fechar, não sei se apressada ou vagarosamente. Há impressões dessa noite, que me aparecem truncadas ou confusas. Contradigo-me, atrapalho-me. Uma das que ainda tenho frescas é que, em certa ocasião, ela, que era apenas simpática, ficou linda, ficou lindíssima. Estava de pé, os braços cruzados; eu, em respeito a ela, quis levantar-me; não consentiu, pôs uma das mãos no meu ombro, e obrigou-me a estar sentado. Cuidei que ia dizer alguma coisa; mas estremeceu, como se tivesse um arrepio de frio, voltou as costas e foi sentar-se na cadeira, onde me achara lendo. Dali relanceou a vista pelo espelho, que ficava por cima do canapé, falou de duas gravuras que pendiam da parede.
- Estes quadros estão ficando velhos. Já pedi a Chiquinho para comprar outros.
Chiquinho era o marido. Os quadros falavam do principal negócio deste homem. Um representava "Cleópatra"; não me recordo o assunto do outro, mas eram mulheres. Vulgares ambos; naquele tempo não me pareciam feios.
- São bonitos, disse eu.
- Bonitos são; mas estão manchados. E depois francamente, eu preferia duas imagens, duas santas. Estas são mais próprias para sala de rapaz ou de barbeiro.
- De barbeiro? A senhora nunca foi a casa de barbeiro.
- Mas imagino que os fregueses, enquanto esperam, falam de moças e namoros, e naturalmente o dono da casa alegra a vista deles com figuras bonitas. Em casa de família é que não acho próprio. É o que eu penso; mas eu penso muita coisa assim esquisita. Seja o que for não gosto dos quadros. Eu tenho uma Nossa Senhora da Conceição, minha madrinha, muito bonita; mas é de escultura, não se pode pôr na parede, nem eu quero. Está no meu oratório.
A idéia do oratório trouxe-me a da missa, lembrou-me que podia ser tarde e quis dizê-lo. Penso que cheguei a abrir a boca, mas logo a fechei para ouvir o que ela contava, com doçura, com graça, com tal moleza que trazia preguiça à minha alma e fazia esquecer a missa e a igreja. Falava das suas devoções de menina e moça. Em seguida referia umas anedotas de baile, uns casos de passeio, reminiscências de Paquetá, tudo de mistura, quase sem interrupção. Quando cansou do passado, falou do presente, dos negócios da casa, das canseiras de família, que lhe diziam ser muitas, antes de casar, mas não eram nada. Não me contou, mas eu sabia que casara aos vinte e sete anos.
Já agora não trocava de lugar, como a princípio, e quase não saíra da mesma atitude. Não tinha os grandes olhos compridos, e entrou a olhar à toa para as paredes.
- Precisamos mudar o papel da sala, disse daí a pouco, como se falasse consigo.
Concordei, para dizer alguma coisa, para sair da espécie de sono magnético, ou o que quer que era que me tolhia a língua e os sentidos. Queria e não queria acabar a conversação; fazia esforço para arredar os olhos dela, e arredava-os por um sentimento de respeito; mas a idéia de parecer que era aborrecimento, quando não era, levava-me os olhos outra vez para Conceição. A conversa ia morrendo. Na rua, o silêncio era completo.
Chegamos a ficar por algum tempo, - não posso dizer quanto, - inteiramente calados. O rumor único e escasso era um roer de camundongo no gabinete, que me acordou daquela espécie de sonolência; quis falar dele, mas não achei modo. Conceição parecia estar devaneando. Subitamente, ouvi uma pancada na janela, do lado de fora, e uma voz que bradava: "Missa do galo! missa do galo!"
- Aí está o companheiro, disse ela levantando-se. Tem graça; você é que ficou de ir acordá-lo, ele é que vem acordar você. Vá que hão de ser horas; adeus.
- Já serão horas? Perguntei.
- Naturalmente.
- Missa do galo! Repetiram de fora, batendo.
-Vá, vá não se faça esperar. A culpa foi minha. Adeus; até amanhã.
E com o mesmo balanço do corpo, Conceição enfiou pelo corredor dentro, pisando mansinho. Saí à rua e achei o vizinho que esperava. Guiamos dali para a igreja. Durante a missa, a figura de Conceição interpôs-se mais de uma vez, entre mim e o padre; fique isto à conta dos meus dezessete anos. Na manhã seguinte, ao almoço, falei da missa do galo e da gente que estava na igreja sem excitar a curiosidade de Conceição. Durante o dia, achei-a como sempre, natural, benigna, sem nada que fizesse lembrar a conversação da véspera. Pelo Ano-Bom fui para Mangaratiba. Quando tornei ao Rio de Janeiro, em março, o escrivão tinha morrido de apoplexia. Conceição morava no Engenho Novo, mas nem a visitei nem a encontrei. Ouvi mais tarde que casara com o escrevente juramentado do marido.


Fonte: Contos Consagrados - Machado de Assis - Coleção Pretígio - Ediouro - s/d.

ANÁLISE:Lena Leal


A frase inicial já nos leva a ambiguidade: "Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta." Como entender, se nem mesmo o narrador entende? É a marca e a técnica que Machado usa em sua narrativa. Teremos sim que tentar elucidar o mistério da alma humana.

O enredo
Missa do galo é um conto de Machado de Assis, que não nos traz revelações surpreendentes, porém, como é próprio do autor, está carregado de reflexões do fundo da alma mostrando-nos as várias faces do comportamento humano. È um traço doce e melancólico sobre a relação homem mulher. Ele faz questão de mostrar o cenário e através dele nos envolve. Ele não faz questão de descrever as suas personagens e é uma característica do Naturalismo. Ele prefere descrever o lado psicológico delas e isso faz uma ruptura entre o que é real e o que é psicológico. É considerado moderno por justamente criar essa atmosfera de um flagrante do nosso dia-a-dia.

A estrutura
Toda a trama acontece na sala da frente, de uma casa mal assombrada, localizada na Rua do Senado, Rio de Janeiro. Havia uma mesa no centro da sala, algumas cadeiras, cortina na janela, um canapé e um espelho. Nas paredes, dois quadros completavam aquela atmosfera de cumplicidade entre Conceição e Nogueira.
O conto mostra o encontro e o tímido diálogo entre um jovem e uma senhora casados numa noite de Natal. Praticamente nada acontece entre os dois. Mas Machado parece dizer que, onde nada acontece, tudo pode acontecer e para que o percebamos, é preciso ler nas entrelinhas as marcas do desejo não explícito.
A complicação começa quando Conceição entra na sala onde Nogueira estava lendo um romance, fazendo hora e esperando pela meia-noite. O enredo segue descrevendo o inesperado encontro, numa noite de natal, entre um rapaz com dezesseis anos e uma mulher madura de trinta, que se mostrava camarada e compreensiva. Nogueira não acreditou na explicação e verificou que os olhos de Conceição "Não eram de pessoa que acabasse de dormir. Pareciam não ter ainda pegado sono".
O clímax da narrativa ocorre quando Conceição fica inquieta, andando de um lado para o outro e, quando se senta, cruza as pernas de uma maneira sensual, despertando a libido de Nogueira, que via em Conceição uma mulher “linda, lindíssima (...)”.
O desfecho, o encanto daquele momento termina quando o vizinho bate na janela, chamando Nogueira à Missa do Galo. Daquele dia em diante, nunca mais Nogueira conversou ou escreveu para Conceição. Restou-lhe somente a imagem do balanço do corpo de Conceição, enfiando-se pelo corredor, pisando mansinho, e sumindo de sua vida, deixando na lembrança de Nogueira, a incompreensão daquela “conversação” que teve com uma senhora, há muitos anos atrás.
O próprio narrador não consegue entender o que aconteceu naquela noite: "Há impressões dessa noite que me aparecem truncadas ou confusas", chegando até mesmo a mudar seus relatos a respeito de Conceição, que no início era somente simpática e se transforma em uma linda, belíssima mulher. Começamos a mudar nossas formas de enxergar também, somos conduzidos, levados pela narrativa. Seduzindo-nos sutilmente até chegar ao clímax seco, característica de Machado de Assis. As personagens se revelam e a sessão de análise chega ao fim. É o chamado que vem de fora: "Missa do Galo! – repetiram de fora batendo". É o momento de o nosso despertar, e o galo canta.

A linguagem
Machado usa um vocabulário e algumas construções sintáticas que às vezes parecem antigas, mas é a pura modernidade estilística.
As figuras presentes no texto
O autor nos mostra um lado pessimista e irônico a respeito do amor: “Mais baixo, a mamãe pode acordar.” “E não saía daquela posição, que me enchia de gosto, tão perto ficavam as nossas caras. [...] Afinal cansou; trocou de atitude e de lugar.Deu volta à mesa e veio sentar-se do meu lado, no canapé. Voltei-me e pude ver, a furto, o bico das chinelas; mas foi só tempo que ela gastou em sentar-se, o roupão era comprido e cobriu-as logo...” “O quê? Perguntou ela inclinando o corpo para ouvir melhor.”
Percebemos também a presença da metáfora: "é a mesma missa da roça e que todas as missas se parecem.",“...a impressão que tive foi grande. As veias eram tão azuis, que apesar da pouca claridade, podia contá-las do meu lugar.”

Foco narrativo
Conto narrado em primeira pessoa: “eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte e não queria perdê-la.” E uma conversa inesperada vai acontecendo misturando-se à sensualidade, que é marca nos contos de Machado.
Estilo literário
Naturalista, pois os romances naturalistas se destacam pela abordagem extremamente aberta do sexo e pelo uso da linguagem falada. O resultado é um diálogo vivo e extraordinariamente verdadeiro, que na época foi considerado até chocante de tão inovador. Ao ler uma obra naturalista, tem-se a impressão de estar lendo uma obra contemporânea, que acabou de ser escrita.

Tempo
O tempo enleia e passa por dimensões por assim dizer elásticas, pois temos a sensação de mergulharmos naqueles momentos eternos e as horas não passam e nem temos a vontade de deixa-las passar, pois nosso sentimento, nosso lado psicológico foi afetado, ficamos hipnotizados até o desfecho.

Análise das personagens
D. Conceição é a personagem que dá espaço à esta viagem ao psique humano. O narrador, seu Nogueira – naquela ocasião com seus 17 anos de idade, é um personagem que participa da história e dá pistas ao leitor sobre a noite de Natal que tanto o intrigou. D. Conceição é uma personagem que vai crescendo ao longo da narrativa e torna-se uma mulher envolvente, sedutora. O jovem cheio de vigor vai percebendo D. Conceição e nos retrata-a.
As feições de Conceição, não são reveladas, mas deixa pistas para que o leitor observe seus movimentos sutis, como descreve em certos trechos: “De vez em quanto passava a língua pelos beiços, para umedecê-los. Em seguida, vi-a endireitar a cabeça, cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo, tendo os cotovelos nos braços da cadeira, tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos”. Em outra cena, a sensualidade de Conceição é latente quando o narrador observa que as mangas do roupão branco, que Conceição usava, não estavam abotoadas e deixava metade dos braços aos olhos de Nogueira.
Além do jovem Nogueira e Dona Conceição, outras personagens são citadas durante a narrativa; Dona Inácia, mãe de Conceição e duas escravas. Há ainda um vizinho, o qual era esperado pelo narrador, para juntos, irem à Missa do Galo.

O espaço
Descrevendo o perfil físico de Conceição, o narrador, através de seu olhar, abre as possibilidades de visualização de cenas e de leitura ao leitor, que vai desvendando, analisando a personagem principal, o ambiente, as situações, como se estivesse em um consultório de psicanálise. Tudo é elaborado para que aquele que lê não tenha pressa de encontrar o desfecho. A sala pouco iluminada, a conversa entre Nogueira e Conceição meio interrompida pelos silêncios que se formavam é o espaço adequado para que se reconstrua, pouco a pouco, o cenário realizado pela narrativa.
Pretensões do autor ao falar das conversas entre as personagens
Nosso interior é aguçado, nos envolvemos, mas a narrativa mostra a realidade social da época e o autor deixa claro quando fala da escravidão que é citada pelo narrador personagem: “A família era pequena, o escrivão, a mulher, a sogra e duas escravas.” E as usa como figura de linguagem para mostrar a escravidão da mulher, submissas aos maridos, pois D. Conceição mesmo sendo traída pelo marido permanecia passiva aceita a “outra” que era tida pela sociedade como mulher avançada: “...mas afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.”
Há segundas intenções nas ações de D. Conceição. Percebemos que se sente perturbada e vai até a sala: “Entretanto, um pequeno rumor que ouvi dentro veio acordar-me da leitura.” “Conceição entrou na sala, arrastando as chinelinhas da alcova.” “Tinha um ar de visão romântica, não disparatava com meu livro de aventuras.”
Nogueira também tem segundas intenções em suas palavras "Já disse que ela era boa, muito boa" usa o advérbio “bom” com dois significados diferentes.
As mulheres daquela época liam romances superficiais como é o caso de A moreninha, citado na obra, em que a mulher era apenas uma “sinhazinha”, dominada pelo pai.
A narrativa segue e naquela noite de Natal, a clima que envolve as personagens é sedutora e misteriosa.
São olhares que se fixam "... perto ficavam nossas caras" “... sem desviar de mim os grandes olhos espertos gestos.", é uma aproximação do outro, são as partes do corpo que se mostram sutilmente “... e eu vi-lhe metade dos braços muito claros, e menos magros..." é o toque "... pôs as mãos no meu ombro...”, são as sensações e percepções que se fazem sentir '... como se tivesse um arrepio de frio..." . Enfim, nada é revelado, os vazios vão se formando e mais uma vez o leitor participa da história, preenche-os vazios ou não: tudo dependerá de seu repertório, por isso é uma narrativa aberta.

Existem momentos em que parece que tudo irá ser revelado, mas não se consegue perceber nitidamente o que acontece, pois o conto passa-se no interior de nossa imaginação. E o interior do ser humano é inesperado.

terça-feira, 24 de março de 2009

Alunos Líderes de Turma


Dia 24 de março os alunos líderes de turma do turno Vespertino receberam orientação
da Professora Pedagoga, Marina, sobre suas tarefas de líderes em sala de aula.
Levaram para sala de aula um caderno organizado pelas pedagogas Lúcia e Marina, com várias observações que lhes servirão de auxílio.

Propostas dos alunos para a CONAE


Alunos da 3ªB - Ensino Médio

Os alunos dos terceirões - Matutino, do Colégio Estadual de Marmeleiro, na disciplina de Língua Portuguesa,Profª Marina, discutiram em grupo,24 de março, propostas para a Educação de Qualidade.
As sugestões são para Gestores Públicos e para a própria escola.

Discussão sobre a CONAE



Alunos da 3ª série A, Ensino Médio, Matutino, na disciplina de Língua Portuguesa, Profª Marina, discutiram em grupo, 24 de março, propostas para a Conferência Nacional da Educação.

segunda-feira, 23 de março de 2009

PROFESSORES REGENTES DE TURMA

COLÉGIO ESTADUAL DE MARMELEIRO-ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROFESSORES REGENTES 2009

TURNO:MATUTINO

SÉRIE PROFESSOR
5ª A CLAUDIA ROCHA
6ª A NEUCI LORO ZATTA
6ª B DARCI BALDO
7ª A ADERSON DALLA COSTA
7ª B JANETE VIAL
8ª A CELSO SCOLARI – SIMONE GUETTINO
8ª B ROSANGELA HOINASKI
1ª A JOLITE FELBERG
1ª B TEREZA CAMERA
1ª C DOROTI PIETTA – LUCIA PADILHA
2ª A MARCIA REGINA FERRONATTO
2ª B ADRIANA GEHLEN
3ª A MARIVONE SCOLARI
3ª B MARINA NICEIA CUNHA

TURNO: VESPERTINO
SÉRIE PROFESSOR
5ª A LURDINHA LEAL
5ª B ARLETE ANDRIOLI
6ª A MARIA HELENA SANTI
6ª B JUNIOR
6ª C CLEUDEMARA ARNHOLD – NELI COLLATTO
7ª A CLACI LAVALL
7ª B CLECI SCHUTZ
8ª A BERENICE DALLA COSTA
8ª B REJANE ANDREOLI
1ª A JAQUELINE BIAVA
1ª B CLEVI SPIGOSSO E IVANI FÁTIMA ARENDT
2ª A ELTON GEHLEN
2ª B ANGELA MARIA LORENSI
3ª A MARIA DE LORENA

TURNO: NOTURNO
SÉRIE PROFESSOR
1ª A MARLENE GHIZZI – TICIANE PIETTA
2ª A SONI ZARDINELLO – ALBINO MULLER - DANIELI DE MORAIS
3ª A RENE DUGUAY DE LIZ

domingo, 22 de março de 2009

Aquecimento global - Plano de aula - sugestão



Aquecimento global: de quem é a culpa?

Público-alvo

Professores do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, preferencialmente da área de Ciências.


Objetivos


* Desenvolver a capacidade de pesquisar e procurar soluções para situações-problema.

* Desenvolver no aluno a noção de agente transformador do ambiente e mostrar a possibilidade de discussão e intervenção nas ações humanas.

* Discutir os diversos pontos de vista e interesses de uma situação-problema.

* Perceber a internet como mais um instrumento pedagógico auxiliando a produção de trabalhos em grupo.

Atividades

Faz-se necessário, antes da proposta da atividade, ressaltar algumas premissas e preparar os alunos para um debate. As premissas variam conforme a série utilizada.

O nosso aluno tem em geral a ideia de que toda floresta tem as características da floresta amazônica ou da mata atlântica. Elas, na verdade, representam só 7% da cobertura vegetal do planeta, mas quase a totalidade da diversidade vegetal. Falar dessa diversidade e discutir os ecossistemas e suas relações como predatismo, parasitismo, regulação dinâmica das espécies e sua importância para o equilíbrio do ecossistema (comunidade clímax), as variações da biodiversidade conforme a latitude, entre outros, são aspectos fundamentais para o ensaio da atividade.Prepare o aluno para que perceba que quanto mais próximo dos pólos menor é a biodiversidade e que esta diminuição está relacionada a quantidade de energia que a Terra recebe do Sol. Esta energia impõe variações climáticas que em regiões equatoriais são mais brandas (principalmente no inverno) determinando, assim, a biodiversidade.

Sugira para os alunos que pesquisem (veja alguns sites abaixo) em um mapa-múndi sobre a vegetação no mundo tendo uma noção de localização das principais florestas, número de espécies (em grandeza) vegetais e animais, variação de temperatura ao longo do ano, distribuição de água doce (noção dos rios) – fator muito importante para a biodiversidade e para determinação climática por regulação do ciclo hídrico. Isto dará embasamento para se entender como todo o processo de aquecimento global vem ocorrendo.

Se estivermos falando de alunos de Ensino Fundamental, pode-se discutir, agora, o ciclo do carbono de uma forma mais simples mostrando o que produz CO2 e como é consumido (sequestro de carbono), dando noção dos processos de fotossíntese, respiração, o que acontece com o sequestro de carbono depois dos desmatamentos e depois das queimadas, onde ocorre a interrupção do ciclo do carbono, como entra o combustível fóssil no ciclo, qual a diferença entre a queima do combustível fóssil e a queima do biocombustível, entre outras. Mostre que o biocombustível é renovável enquanto que o combustível fóssil não será pelo menos no período da existência humana.

Pode-se ainda abordar também a questão dos desmatamentos. Muitas madeiras são usadas para construção de móveis, por exemplo, como podemos fazer isto de forma sustentável (se é que é possível?)? Discuta com os alunos o que é floresta de manejo, qual o preço de uma madeira com esse selo (algo em torno de 30% mais caro), compare com a do mercado negro. O que você, aluno, pode então fazer no seu dia-a-dia?

Faça uma produção de texto em dupla que proponha ações no dia-a-dia que minimizem os gases de efeito estufa.

Para Ensino Médio, depois destas (poucas) preliminares, divida a classe em dois grupos: um defenderá os países desenvolvidos que mais produzem CO2 e o outro os paises em desenvolvimento.

O professor pode levantar algumas questões que nortearão as pesquisas do grupo para que busquem argumentos que defendam os seus propósitos.

Lembre o aluno que não importa se não está no grupo que concorda, faz parte da atividade argumentar e perceber os diversos lados de uma mesma situação. A proposta é que o aluno se aproprie de informações sobre este assunto e que perceba as divergências científicas e políticas que envolvem a questão. Essas discussões deverão gerar muitas polêmicas.

Sugestões

* Quais são os efeitos para o meio ambiente de um desmatamento? E de uma queimada?O que acontece com o seqüestro de carbono nestes casos?

* Qual a porcentagem de gases de efeito estufa emitidos pelo Brasil que vem de queimadas da Amazônia?

* Quanto de CO2 uma árvore de porte médio pode capturar por dia?

* Qual a média anual de desmatamento na Amazônia? Proponha medidas efetivas para conter este desmatamento.

* Algumas empresas fazem propaganda de que fizeram reflorestamento. Isto é suficiente para amenizar o impacto ambiental? Como fica a diversidade se quando fazem reflorestamento usam em geral um único tipo de vegetação?

* Os maiores produtores de gases de efeito estufa estão na América do Norte e Europa Ocidental e são países com mais recursos financeiros e tecnológicos do que os em desenvolvimento. Quais países serão mais afetados pelo aquecimento global?Lembre, aqui, dos problemas causados por secas, inundações, surtos de doenças, entre outros. Levante essas questões.

* Qual a importância do protocolo de Kyoto para conter o aquecimento global? O que diz o acordo? Os EUA são responsáveis por 36% das emissões globais de gases que contribuem para o aquecimento e não assinaram o acordo. O que isto implica?

* O governo brasileiro tem dito nas negociações internacionais que o país faz a sua parte investindo em energias renováveis. O que são energias renováveis? Como sua produção interfere no meio ambiente? Isto realmente é suficiente?

Feche a discussão lembrando do tema principal: “Aquecimento global: de quem é a culpa?”. Será que há um? Proponha que escrevam coletivamente ações que os governos dos países desenvolvidos e em desenvolvimento deveriam fazer para diminuir as emissões de gases e aumentar o seqüestro de carbono.
Sites e leituras iniciativa para discussão (a escolha deve ser feita de acordo com a faixa etária)

* Sariego, J.S. “Educação Ambiental: As ameaças ao Planeta Azul”. Ed. Scipione, SP, 1994.

* Yahoo! Busca Educação

* CO2 Soluções

* Scientific American Brasil, nº 53, outubro de 2006. Ed. Ediouro. São Paulo. P. 30-37. ”Um plano para manter o carbono sob controle”.

* Scientific American Brasil, nº 53, outubro de 2006. Ed. Ediouro. São Paulo. P. 60-65. “Aposta no biodiesel”.

* Ciência Hoje, nº 224, março de 2006. São Paulo. P. 20-25. “A Amazônia e as mudanças globais”.

* Jornal de Debates. “Aquecimento global já é realidade no Brasil”.

* ComCiência. “Dossiê - Aquecimento global”, nº 85, março 2007.
http://www.comciencia.br

* ComCiência. “Dossiê - Mudanças climáticas”, nº 34, agosto 2002.

* IBGE – Mapa de biomas e vegetação

* Uma Verdade Inconveniente – Site do filme sobre o tema do aquecimento global (em inglês).

Por Ariela J. Strozberg, professora formada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da USP, formadora de professores e colaboradora nos fascículos de Ciências da Natureza e Matemática das Escolas Associadas.

http://br.buscaeducacao.yahoo.com/mt/archives/2007/03/post_1.html-acessado em 22/03/09.

A sugestão da Professora Ariela pode ajudar você em seu Plano de Acão.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Palestra sobre Meio Ambiente


Dia 20 de março, a equipe do Meio Ambiente e Saúde do Município de Marmeleiro conversaram sobre a importância da preservação do Meio Ambiente.
Os temas colocados para os alunos de 5ª a 8ª séries versaram sobre a água,a dengue e o lixo.

O QUE SERÁ A CONAE?


Diretora e Funcionários do CEM discutindo A CONAE
A Conferência Nacional de Educação a será realizada de 23 a 27 de abril de 2010, contemplando a Educação Básica, a Profissional e a Superior.

A Conferência Estadual de Educação deverá ocorrer até 30 de novembro de 2009.

As Conferências Municipais de Educação / Intermunicipais / Regional deverão acontecer até 30 de junho de 2009.

Diferenças:
Conferência Municipal: o município realizará a conferência individualmente.
Conferência Intermunicipal: vários municípios se unem e realizam a conferência numa das cidades.

Conferência Regional: há conferência em todos os municípios da região e uma, regional, fazendo a compilação de todas.

SEGMENTOS
Todos os níveis, etapas e modalidades de ensino das
Redes Públicas e Privadas – Municipais, Estaduais e Federal
• Gestores;
• Trabalhadores da Educação;
• Estudantes;
• Pais e Mães/responsáveis de estudantes.

RESPONSÁVEIS PELA ORGANIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS NAS REGIÕES :
(1) representante do Núcleo Sindical da APP-Sindicato;
(1) representante do NRE;
(1) representante do Poder Público Municipal ou da UNDIME.
(1) representante de entidades que representem os trabalhadores da educação no município;
(1) representantes da rede municipal de educação;
(1) representante dos estudantes;
(1) representante de pais e mães/responsáveis.

TEMA
Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: O Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação.
Por que realizar a CONAE?
É o mais importante espaço democrático para a construção da política nacional de educação e de seus marcos regulatórios, na perspectiva da inclusão, igualdade e diversidade.

A CONAE se estruturará em seis eixos temáticos:
I – Papel do Estado na Garantia do Direito à Educação de Qualidade: Organização e Regulação da Educação Nacional;
II – Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação;
III – Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar.
IV – Formação e Valorização dos Trabalhadores em Educação.
V – Financiamento da Educação e Controle Social.
VI – Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, Diversidade e Igualdade.
OBJETIVOS
a) construção de um Sistema Nacional de Educação responsável pela institucionalização de orientação política comum e de trabalho permanente do Estado e da sociedade na garantia do direito à educação;
b) mobilização nacional pela qualidade e valorização da Educação Básica e Educação Superior;
c) subsidiar políticas públicas de educação articuladas entre os sistemas;
d) que estas políticas públicas de educação promovam a formação integral com qualidade;
e) universalização e qualidade social da educação básica e superior.

PAPEL DA SOCIEDADE CIVIL
Discutir sobre concepções, limites e potencialidades das políticas para a educação nacional, pois propiciará os marcos para a construção de um novo plano nacional de educação com ampla participação da sociedade civil e política. O processo poderá possibilitar, ainda, a problematização e aprofundamento da discussão sobre a responsabilidade educacional.
Garantir que os acordos e consensos produzidos na CONAE redundem em políticas públicas de educação, que se consolidarão em diretrizes, estratégias, planos, programas, projetos, ações e proposições pedagógicas e políticas, capazes de fazer avançar o panorama educacional, no Brasil. Necessário financiamento!

PROPOSTA DOS PAIS
a) Em relação às ações prioritárias dos gestores públicos nos próximos dez anos para a consolidação da qualidade social da educação.
B) Em relação às ações prioritárias do coletivo de sua escola/colégio nos próximos dez anos para a consolidação da qualidade social da educação.

QUESTIONAMENTOS

- Para você qual é a função da escola na sociedade?

- Ela está sendo de acesso, direito e permanência de todos?

quinta-feira, 19 de março de 2009

REUNIÃO COM PAIS DO ENSINO MÉDIO


Dia 19 de março os pais dos alunos do Ensino Médio participaram de reunião na escola.
Durante a reunião tratou-se de diversos assuntos, entre eles:
- Regimento escolar;
- Sistema de avalição.
Também discutiu-se com os pais, professores e funcionários a CONAE(Conferência Nacional de Educação).

Durante a semana todos os segmentos da escola estarão envolvidos na discussão e propostas para a CONAE.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sugestão para apresentação de seminários

O seminário é uma boa técnica para apresentação de um trabalho escolar.
Deve seguir algumas normas, como:

- Preparação do seminário.
O seminário pode ser realizado por um grupo de alunos que deverão ter o domínio dos conteúdos a serem apresentados.

- É necessário que as informações sejam acompanhadas de explorações do conteúdo.
- Leituras dos trabalhos não devem ser feitas. Podem ser utilizadas anotações, esquemas, gravuras, mapas, etc.
- A forma de apresentação pode ser de acordo com a tecnologia disponível na escola (retroprojetor, multimídia, vídeos, tvpendrive, etc.).

A postura do apresentador
Para facilitar a apresentação durante o seminário é necessário que se observem alguns detalhes:
. Falar para todos com clareza e conhecimento do assunto.
. Não ficar de costas para os ouvintes.
. Não andar em frente dos recursos visuais que estiverem sendo utilizados.
. Falar com naturalidade e tom de voz adequado para que todos possam ouvir.
. Fazer pausas para possibilitar discussões.

Qual é o “básico” de um debate?

O debate é conhecido como a troca de idéias e de informações.
É importante porque através da discussão de ideias, podemos obter mais conhecimento e, com isso, aprender mais.

Para que um debate não perca sua importância é necessário observar algumas regras.
- Organizar uma discussão em grupos de quatro a seis alunos deixando claro o objetivo do grupo.
- Escolher um relator para transmitir aos demais o resultado da discussão.

A apresentação pode ser feita:-
- Em círculo. O relator de cada grupo expõe a pesquisa.
- O relator torna-se um debatedor no decorrer do trabalho.
- Cada debatedor pode direcionar uma pergunta a outro debatedor, discordando ou complementando a resposta.

Sendo trabalho escolar é importante que todos os alunos estejam preparados para interferir sobre o conteúdo no momento do debate.

QUALIDADES DE UM LÍDER

· “Sabe o que fazer, sem perder a tranquilidade. Todos podem confiar nele em qualquer emergência.
· Ninguém se sente marginalizado ou rejeitado por ele. Ao contrário, sabe agir de tal forma que cada um sente-se importante no grupo.
· Interessa-se pelo bem do grupo. Não usa o grupo para interesses pessoais.
· Está sempre pronto para ajudar.
· Mantém-se calmo em qualquer situação.
· Facilita a interação do grupo contribuindo para a harmonia, sem dominação.
· Dá oportunidade para que pessoas do grupo se promovam e se realizem.
· É agradável. Cuida da aparência pessoal. Sabe conversar com todos.
· Age com maturidade. Suas ações correspondem com suas palavras.
· Mantém o grupo informado de tudo que se relaciona aos interesses do grupo.
· Não foge das responsabilidades e não descarrega nos outros suas responsabilidades”.


DEZ QUALIDADES DE UM LÍDER

“Um líder deve:
1 – saber lidar com críticas;
2 – suportar adversidades;
3 - saber delegar autoridade;
4 – capaz de tomar decisões;
5 – manter a concentração em momentos difíceis;
6 - não pode basear-se em preconceitos;
7 – aprender a elogiar e a compartilhar;
8 - assume a responsabilidades por seus próprios erros;
9 – não tenta fugir da responsabilidade pelos erros dos outros;
10-crescer e aprender todos os dias”.

BOM TRABALHO, ALUNOS LÍDERES DE TURMAS.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,
por sua origem, ou ainda, por sua religião.
Para odiar as pessoas precisam aprender;
E se podem aprender a odiar,
Podem ser ensinadas a AMAR”.
(Nelson Mandela)

Marmeleiro, março de 2009.

Atribuições do líder de turma do CEM - 2009

Sua turma espera que você possa desenvolver um trabalho em equipe, sendo uma pessoa de responsabilidade que saiba dividir as tarefas e solicite ajuda aos demais colegas.

Portanto:

- Desenvolva um trabalho voltado para a união da turma, seja amigo e companheiro de todos.
- Seja justo na sala de aula. Que prevaleça sempre a verdade.
- Respeite a todos para ser respeitado, pois a turma confia e acredita em você, então desempenhe bem seu papel.
- Saber ouvir e se fazer ouvir, respeitar opiniões diferentes são qualidades importantes para você que é líder de turma.
- Comunique à Supervisão se o professor, após o sinal, passados 5 minutos, não chegou até a sala de aula.
- Aniversários: Juntamente com o Professor Regente parabenizem os aniversariantes da semana ou do mês.
Ao Professor Regente organize uma mensagem assinada por todos os alunos.
- Motive a turma para o sucesso da mesma nas campanhas realizadas na escola e atividades extraclasse.
- Avise aos professores quando o colega faltou por problemas de saúde e ônibus.
- Auxilie o professor na falta de alguns materiais na sala de aula: pincel, apagador, mapas e outros.
- Transmita à turma os avisos divulgados pela direção, equipe pedagógica e professor. Anexe ao mural quando for o caso.
- Anexe ao mural da sala de aula avisos sobre datas de provas, entrega de trabalhos.
- Verifique se os ventiladores são desligados ao final das aulas.
- Lembre juntamente com a Profª de Português a data da devolução dos livros de leitura emprestados na Biblioteca.
- Contribua com sugestões que podem melhorar a turma como um todo.

INCENTIVE AS SEGUINTES PRÁTICAS

· Ordem e limpeza na sala de aula e espaços ao redor da escola.
· Pontualidade.
· Não ficar na porta e corredor durante a troca de professor.
· Fazer um trabalho de equipe com os professores para que as saídas e entradas nas aulas de Educação Física, Informática e Biblioteca não sejam tumultuadas e respeitem o direito dos colegas que estão nas salas.

Não havendo postura de líder e liderança positiva, o aluno escolhido através do voto dos colegas será substituído.

BOM TRABALHO!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Trabalho de Equipe




A LIÇÃO DOS GANSOS

Quando você vê gansos voando em formação “V”, pode ficar curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma.

A seguir algumas descobertas feitas por cientistas.

1 – FATO – À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente.

VERDADE – Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe chegam aos seu destino mais depressa e facilmente porque elas se apóiam na confiança uma das outras.

2 – FATO – Sempre que um ganso sai fora da formação, ele repentinamente sente a resistência e o arrasto de tentar voar só e, de imediato, retorna a formação para tirar vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente.

VERDADE – Existe força, poder e segurança em um grupo quando se viaja na mesma direção com pessoas que compartilham um objetivo comum.

3 – FATO – Quando o ganso líder se cansa, ele reveza, indo para a traseira do “V”, enquanto um outro assume a ponta.

VERDADE – É vantajoso o revezamento quando se necessita fazer um trabalho árduo.

4 – FATO – Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente e manterem o ritmo e a velocidade.

VERDADE – Todos necessitam ser reforçados com apoio ativo e encorajamento dos companheiros.

5 – FATO – Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, pois outros gansos saem da formação e o seguem para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e, então reiniciam a jornada os três ou juntam-se a outra formação, até encontrar o grupo original.

VERDADE – A solidariedade nas dificuldades é imprescindível em qualquer situação.

Bom trabalho, líderes de turma.

sábado, 14 de março de 2009

Bom para refletir!!!

Acreditar e Agir
Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

O barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.

Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré.

http://velhosabio.com.br - acessado dia 14/03/09

quarta-feira, 11 de março de 2009

Reunião com Pais do CEM



Os Profissionais da Educação do Colégio Estadual de Marmeleiro entendem que não há EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE se não houver discussão permanente entre os diversos segmentos da escola e da sociedade. Considera o diálogo e o compromisso recursos importantes para se atingir os objetivos a que se propõe em suas práticas educacionais no Projeto Político Pedagógico.

O Colégio Estadual de Marmeleiro é uma escola "tradicional" quando acredita que valores,regras,responsabilidade,respeito,organização, planejamento são ações ensinadas na escola, MAS são parte da educação que os pais ou responsáveis devem desempenhar.

A educação é responsabilidade dos pais e/ou/ responsáveis.

Onde não houver disciplina, não haverá aprendizagem.

O Colégio Estadual de Marmeleiro é escola inovadora porque tem um Projeto Político-Pedagógico e uma Proposta Curricular das disciplinas;
-conversa com pais/responsáveis sobre dificuldades de aprendizagem e buscam juntos soluções;
-orienta professores sobre metodologias de aprendizagem e plano de ação docente;
-possui Biblioteca com acervo excelente de livros para alunos, professores e pais; vídeos,Cds, Dvds,TVPendrive; computadores na Biblioteca para pesquisa de alunos e comunidade, informatizada e climatizada; laboratório de Informática,Ciências e Biologia;sala de apoio para alunos de 5ªs e 6ªs;escola com muita higiene, parte física sem nenhum estrago, salas de aulas limpas e com carteiras conservadas;
- ações de leitura, esportes, sexualidade, prevenção de drogas; feira do conhecimento; jogos escolares; semana cultural e talentos na escola;
- promoções que envolvem os estudantes, a família e a comunidade Festa Junina e baile da Garota e Garoto Estudantil. A arrecadação é para materiais didáticos e conservação da escola;
- professores competentes que buscam aperfeiçoar-se sempre para desenvolver seu trabalho em sala de aula;
- gestão compartilhada;
- semana do Dia do Estudante e do Professor;
- parceria com o comércio e município - Projeto Meio Ambiente;
- Viagens de estudo e muito, muito mais!...


SERÁ QUE SOMOS ESCOLA TRADICIONAL?


Ensinar e ensinar bem é dever da escola como um todo.

AS REUNIÕES NO COLÉGIO ESTADUAL DE MARMELEIRO OCORRERÃO EM DUAS ETAPAS:
11 de março - 5ª a 8ª séries - Turno: matutino e vespertino.

19 de março - Ensino Médio - Turno: matutino, vespertino e noturno.

TEMAS A SEREM DISCUTIDOS COM OS PAIS:
- Papel dos pais e/ou responsáveis na escola no acompanhamento dos filhos;
- Regimento Interno;
- Proposta metodológica da escola;
- Aprovação do uniforme;
- Outros assuntos de interesse para os pais.
Dia 19 discutir-se-á também a CONAE - Conferência Nacional de Educação.

terça-feira, 10 de março de 2009

GVGO - Terceirão A e B Matutino do CEM




Os alunos do terceirão A e B,matutino, na aula de Literatura(10/03) discutiram O Pré-Modernismo no Brasil.
Para tanto utilizaram a técnica GVGO(Grupo de Verbalização e Grupo de Observação).
A técnica foi adaptada ao conteúdo do Pré-Modernismo com objetivos pedagógicos.
O debate trouxe resultados positivos e de conhecimento para todos os alunos.
Passos que antecederam o debate:
1º - A explicação sobre o Pré-Modernismo no Brasil começou a partir do estudo da poesia e poemas de Augusto dos Anjos - Psicologia de um Vencido e Versos Íntimos.
Em seguida contexto histórico, características, principais autores e obras desse período de transição na literatura brasileira.
2º - Os alunos dividiram-se em grupo e foram à pesquisa complementar e ampliar as explicações.
3º - Organizaram questões sobre o conteúdo para o círculo de conversa literária na sala de aula entre colegas. A Profª era mediadora e complementava as explicações.
4º - Técnica do GVGO(adaptada) para aprofundamento do conteúdo.
No debate cada aluno mostrou o que aprendeu sobre o Pré-Modernismo a partir de todas as ações anteriores.

Profª Marina

Turma que dá dor de cabeça ao professor.

O que fazer diante de uma turma de alunos desatenta e bagunceira?

"Sentimo-nos mal quando não conseguimos desenvolver a aula de uma maneira digna.
A disciplina é, ao mesmo tempo, uma arte e um desafio que exige cumplicidade entre professores e alunos. Só assim você poderá tocá-los com as suas palavras.
Eu diria que neste processo não existe um disciplinador e alguém a ser disciplinado, mas pessoas que compreendam o valor do conhecimento e respeitem a necessária ordem para que a aula possa ter um bom andamento.
Para estabelecer uma boa relação com a classe é preciso ter credibilidade e uma das formas de fazer isto é quando você mesmo se dedica à questão da autodisciplina.
Dentro de nós existe uma criança que se relaciona bem ou mal com o adulto e muitas vezes este diálogo interior não é nada exemplar, como é o caso de pessoas que fumam ou que têm outro tipo de compulsão.
Você sabe que o seu hábito lhe faz mal, mas não consegue ter o autodomínio necessário para mudar. Assim sendo, quando se tenta estabelecer a ordem fora de si, em um processo educacional, é bem capaz que suas palavras sugiram a disciplina, mas sua expressão corporal, seu olhar e a entonação de sua voz comuniquem outra coisa. Ou seja, você não está inteiro e falha como agente disciplinador e isto é percebido por seus interlocutores.
A cumplicidade que tanto queremos e precisamos só será obtida caso você esteja sinceramente trabalhando no seu próprio autodomínio. Para se obter um consenso sobre a importância da ordem na sala de aula é preciso estabelecer um bom vínculo com os seus alunos.
Como vimos, o primeiro passo é a integridade com que você se coloca. Outro, é o afeto e a emoção envolvidos em sua comunicação.
Você pode e deve brincar fazer um contato com bom humor, interessar-se pela vida de cada um dos alunos, “inventar” moda, criar um roteiro interessante de aula, buscar a participação constante e ativa dos jovens. Isso o coloca mais empático e próximo deles.
Mas, é fundamental que em outros momentos, você saiba chamá-los à consciência da necessidade da disciplina. Por exemplo, se um aluno está falando, dando o seu depoimento é fundamental que os outros prestem atenção, afinal de contas, todos nós aprendemos uns com os outros e não faz sentido faltar com o respeito, deixando uma pessoa falando sozinha.
Outro ponto muito importante é saber a diferença entre uma comunicação tradicionalmente vertical e um sistema democrático que usa a circulação das informações.
No ensino convencional, o conceito é que o professor ensina e o aluno aprende; em um ensino mais democrático trabalhamos as questões que vêm dos próprios alunos. Neste sentido quando você cria uma estrutura de aula, deve estar pronto para alterá-la conforme as necessidades do aqui - agora, atento à demanda do principal interessado na questão: aquele que está aprendendo.
Mas, só é possível adotar esta perspectiva de todos aprenderem com todos, quando temos claro o respeito nas relações. Aliás, respeito e consideração são tudo o que estamos precisando para construir um mundo diferente e melhor do que este que estamos vivendo e, portanto a reeducação das relações se faz hoje tão importante”.

Sergio Savian.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Dia da Mulher



Parabenizamos
e agradecemos
as Professoras,
Funcionárias
e
Alunas do CEM,
que dia-a-dia ajudam a construir a Educação para um País Melhor.

domingo, 1 de março de 2009

Atualize-se! Acordo Ortográfico.



Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Por: Marília Mendes

Alfabeto

Nova regra
O alfabeto é agora formado por 26
letras
O "k", "w" e "y" não eram
consideradas letras do nosso alfabeto.
Essas letras serão usadas em siglas,
símbolos, nomes próprios, palavras
estrangeiras e seus derivados.
Exemplos: km, watt, Byron,
byroniano

Trema
Nova regra
Não existe mais o trema em língua
portuguesa. Apenas em casos de
nomes próprios e seus derivados,
por exemplo: Müller, mülleriano,
agüentar, conseqüência, cinqüenta,
qüinqüênio, freqüência, freqüente,
eloqüência, eloqüente, argüição,
delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça.
Como será
aguentar, consequência, cinquenta,
quinquênio, frequência, frequente,
eloquência, eloquente, arguição,
delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Acentuação
Nova regra
Ditongos abertos (ei, oi) não são
mais acentuados em palavras
paroxítonas
assembléia, platéia, idéia, colméia,
boléia, panacéia, Coréia, hebréia,
bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico,
paranóico.
Como será
assembleia, plateia, ideia, colmeia,
boleia, panaceia, Coreia, hebreia,
boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico,
paranoico.

Obs.1: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis,
papéis.

obs.:2: o acento no ditongo aberto "eu" continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

O hiato "oo" não é mais acentuado enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo,
abençôo, povôo.
Nova regra
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo,
abençoo, povoo
O hiato "ee" não é mais acentuado crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem,
relêem, revêem.
Como será
creem, deem, leem, veem,
descreem, releem, reveem.

Nova Regra
Não existe mais o acento
diferencial em palavras
homógrafas
pára (verbo), péla (substantivo e
verbo), pêlo (substantivo), pêra
(substantivo), péra
(substantivo), pólo (substantivo).
Nova regra
para (verbo), pela (substantivo e
verbo), pelo (substantivo), pera
(substantivo), pera (substantivo), polo
(substantivo.

Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo "poder" (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo -
"pôde") e no verbo "pôr" para diferenciar da preposição "por".

Nova regra
Não se acentua mais a letra "u"
nas formas verbais rizotônicas,
quando precedido de "g" ou "q" e
antes de "e" ou "i" (gue, que, gui,
qui)
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe,
enxagúemos, obliqúe.
Como será
argui, apazigue,averigue, enxague,
ensaguemos, oblique.

Nova regra
Não se acentua mais "i" e "u"
tônicos em paroxítonas quando
precedidos de ditongo
baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha,
feiúra, feiúme.
Como será
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha,
feiura, feiume

Hífen
Nova regra
O hífen não é mais utilizado em
palavras formadas de prefixos (ou
falsos prefixos) terminados em
vogal + palavras iniciadas por "r"
ou "s", sendo que essas devem
ser dobradas
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato,
anti-social, anti-rugas, arquiromântico,
arqui-rivalidae, autoregulamentação,
auto-sugestão,
contra-senso, contra-regra, contrasenha,
extra-regimento, extra-sístole,
extra-seco, infra-som, ultra-sonografia,
semi-real, semi-sintético, supra-renal,
supra-sensível.
Como será
antessala, antessacristia,
autorretrato, antissocial, antirrugas,
arquirromântico, arquirrivalidade,
autorregulamentação, contrassenha,
extrarregimento, extrassístole,
extrasseco, infrassom, inrarrenal,
ultrarromântico, ultrassonografia,
suprarrenal, suprassensível
Obs.: em prefixos terminados por "r", permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra:
hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, superrealista,
super-resistente etc.

Nova Regra
O hífen não é mais utilizado em
palavras formadas de prefixos (ou
falsos prefixos) terminados em
vogal + palavras iniciadas por
outra vogal
auto-afirmação, auto-ajuda, autoaprendizagem,
auto-escola, autoestrada,
auto-instrução, contraexemplo,
contra-indicação, contraordem,
extra-escolar, extra-oficial,
infra-estrutura, intra-ocular, intrauterino,
neo-expressionista, neoimperialista,
semi-aberto, semi-árido,
semi-automático, semi-embriagado,
semi-obscuridade, supra-ocular.
Como será
ultraelevado
autoafirmação, autoajuda,
autoaprendizabem, autoescola,
autoestrada, autoinstrução,
contraexemplo, contraindicação,
contraordem, extraescolar,
extraoficial, infraestrutura, intraocular,
intrauterino, neoexpressionista,
neoimperialista, semiaberto,
semiautomático, semiárido,
semiembriagado, semiobscuridade,
supraocular, ultraelevado.
Obs.: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano,
socioeconômico etc.
Obs.:2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por "h": anti-herói, anti-higiênico, extrahumano,
semi-herbáceo etc.

Nova Regra Como Será
Agora utiliza-se hífen quando a
palavra é formada por um prefixo
(ou falso prefixo) terminado em
vogal + palavra iniciada pela
mesma vogal.
antiibérico, antiinflamatório,
antiinflacionário, antiimperialista,
arquiinimigo, arquiirmandade,
microondas, microônibus,
microorgânico
anti-ibérico, anti-inflamatório, antiinflacionário,
anti-imperialista, arquiinimigo,
arqui-irmandade, microondas,
micro-ônibus, micro-orgânico.
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal
diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo "co". Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal "o", NÃO utliza-se hífen.

Nova Regra Como Será
Não usamos mais hífen em
compostos que, pelo uso, perdeuse
a noção de composição
manda-chuva, pára-quedas, páraquedista,
pára-lama, pára-brisa, párachoque,
pára-vento
mandachuva, paraquedas,
paraquedista, paralama, parabrisa,
pára-choque, paravento
Obs.: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira,
tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

Observações Gerais
O uso do hífen permanece Exemplos
Em palavras formadas por prefixos
"ex", "vice", "soto" ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
Em palavras formadas por prefixos
"circum" e "pan" + palavras
iniciadas em vogal, M ou N
pan-americano, circum-navegação
Em palavras formadas com
prefixos "pré", "pró" e "pós" +
palavras que tem significado
próprio
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas
palavras "além", "aquém", "recém",
"sem"
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados,
sem-número, sem-teto
Não existe mais hífen Exemplos Exceções
Em locuções de qualquer tipo
(substantivas, adjetivas,
pronominais, verbais, adverbiais,
prepositivas ou conjuncionais)
cão de guarda, fim de semana, café
com leite, pão de mel, sala de jantar,
cartão de visita, cor de vinho, à
vontade, abaixo de, acerca de etc.
água-de-colônia, arco-da-velha, corde-
rosa, mais-que-perfeito, pé-demeia,
ao-deus-dará, à queima-roupa.

Referência
http://portugues.seed.pr.gov.br/arquivos/File/acordosortograficos.pdf
http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br - acessado: 01/02/09