terça-feira, 13 de abril de 2010

Pulserinhas do sexo

Em nossa sociedade é comum adolescentes serem bombardeados com "novidades", cuja única intençao é o lucro desenfreado às custas de pessoas ainda em formação.
- "É a moda, precisamos viver o momento, o depois, não interessa", citam, alguns, que passam a aderir o que a sociedade consumista e, podre, sem valor moral e ético, propaga aos desinformados de valores.
E quando isso acontece, a escola torna-se para tal sociedade, o recurso para resolver o problema. E de repente, a escola é acusada de não ter "infelizmente" na matriz curricular "aulas de educação sexual". Como se tais aulas fossem por si só resolver a séria questão que envolve a sexualidade dos jovens. (Aliás, a primeira orientação não seria dos pais?).
Tudo recai na escola para possíveis soluções: uso de drogas,jovens infratores, crianças e adolescentes sem apoio familiar, gravidez na adolescência, bullying, alunos que agridem verbalmente e moralmente professores, etc. Até parece que a escola é a redentora da Pátria.
Entretanto, se a ela atribuem tais quisitos, por que está ainda relegada a segundo plano, vista com olhos piedosos, não merecedora de sua essência maior que é o conhecimento em sua plenitude?
A escola encontra-se na busca da resolução da equação da diversidade de um mundo submetido a violência, a corrupção de todos os valores, a descrença, a incompetência, a desvalorização, a desmotivação... emaranhada procura desatar os nós. E, ainda tem de ser uma escola de qualidade, que ofereça um ensino de qualidade, e saiba resolver estas e outras questões.
Aceitamos tais desafios, mesmo porque, às vezes, em determinadas situações, não podemos dizer NÃO.
Sem demagogia advinda das políticas educacionais, ou, da sociedade que constrói sua teia e depois espera que nos livremos e livremos outros de serem devorados pela inocente "aranha", qual é realmente o papel que se atribui à escola no mundo de hoje? Será que de fato é apenas ensinar o conhecimento científico?
Dia a dia a escola me prova o contrário. O conhecimento científico está em confronto com outras necessidades dos alunos - carência afetiva, abandono familiar, miséria,imposições, violência sexual, drogas, gravidez, ódio, revolta, exploração da sexualidade, cadeia...Então, como ensinar o conhecimento científico? Estamos buscando soluções.
Atualmente, na escola, não são apenas responsáveis pela "educação sexual" uma matriz curricular, nem as disciplinas de Ciências e Biologia. Todas as disciplinas dão sua contribuição. Entretanto,constata-se que a família na maioria das vezes se exclui de tais conversas com os filhos. E a escola se vê sozinha, impotente frente ao grande número de jovens que levam a prática do sexo como uma brincadeira inconsequente. Acrescente-se os demais problemas aqui citados.
Portanto, nada mais nos dias de hoje é "bonito e inocente". Os badulaques para enfeite do corpo, adolescente ou não, marcam conceitos, bons ou ruins. Basta ver o excesso de tatuagens, os "piercings", etc., e as tais "pulserinhas do sexo" que desencadearam nas escolas brasileiras discussão entre educadores, psicólogos e demais autoridades. Nas escolas, buscam-se soluções viáveis em benefício dos estudantes para que não sofram abusos em consequência do uso de tais pulseiras, cuja mensagem em cada uma delas, não é nada inocente, pois envolve desde estupro até pedofilia em alguns estados e municípios.

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